Sensor que pode detectar o câncer antes dos sintomas é criado por cientista brasileira

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Ninguém quer ter câncer, isso é fato. Mas isso vai além do que podemos controlar, então precisamos tomar as devidas medidas para “prevenir” esse mal, não é? E se houvesse a possibilidade de constatar um câncer logo no seu início por meio de um dispositivo? Isso realmente ajudaria no processo de tratamento e, até mesmo, na cura.

Agora, se iniciam os primeiros passos para criar um dispositivo que tenha exatamente esta função: a de identificar um câncer antes mesmo do paciente sentir seus sintomas e sem a necessidade de biópsia.

O projeto consistiu em criar um sensor ultrassensível que descobre a doença a partir de um exame de sangue, usando uma técnica chamada de bioreconhecimento. A cientista brasileira, Priscila Monteiro Kosaka, é a precursora desse projeto. Priscila é doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri.

De acordo com a cientista, o diferencial do sensor é pela capacidade de detectar uma amostra muito pequena em meio a milhares de células, coisa que nenhum outro biomarcador conseguia até então. Priscila explica o funcionamento do seu aparelho: “É muito simples, se o biomarcador cancerígeno está na amostra, esse será gravado pelo sensor, que funcionará como uma etiqueta”. Desta maneira, caso o exame de sangue revele a doença, a superfície do nanosensor ficará com uma cor avermelhada e brilhará como uma árvore de Natal”.

Os biomarcadores são usados para monitorar o crescimento oncológico de cânceres avançados e também para monitorar as respostas aos tratamentos aplicados ao paciente, o sensor, então, se comunica com esses biomarcadores e identificam eles.

O sensor inventado por ela possui uma sensibilidade de 10 milhões de vezes maior que as dos exames tradicionais de sangue e, além de detectar a célula cancerígena, ele ainda informa que tipo de câncer existe no paciente. A descoberta está sendo testada há quatro anos, mas ainda falta o teste com amostras de doentes e com biomarcadores de última geração.

Mas não para por ai, o projeto visa diagnosticar outras doenças, como AIDS, hepatite e Mal de Alzheimer. Mesmo sendo algo para o futuro, a utilidade é grande, não é?

A taxa de erro do dispositivo é de 2 a cada 10 mil casos. O que traz uma esperança maior para sua equipe, devido as diversas possibilidades de milhares de vidas serem cuidadas. O que resta agora é conseguir baratear o custo da produção do sensor, para que assim ele possa começar a ser comercializado. A equipe tem intenção de deixar o sensor ultrassensível e com um custo acessível a todos.

Ainda não há previsão para a venda do sensor no mercado, porém os primeiros testes já foram aprovados e o projeto segue fortemente. O propósito é criar algo que seja útil para a sociedade e ajude muitas pessoas!

E ai, o que você acha dessa nova tecnologia?

 

 

Fotos: Reprodução

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