Alguém tem dúvidas de que o simples ato de tomar um cafezinho é um gesto repetido por milhões de pessoas em todo o mundo várias vezes por dia? O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de café, só perdendo para os Estados Unidos. A bebida, que é uma preferência nacional, para algumas civilizações chegou a ser considerada como sagrada devido aos benefícios que ela traz.
O café já gerou muita polêmica a respeito de seus benefícios e malefícios, sendo contra-indicado hoje em dia somente para quem apresenta insônia, osteoporose avançada, irritações no estômago ou hipersensibilidade à cafeína. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) recomenda que o consumo diário de cafeína não ultrapasse 400 miligramas para um adulto, ou seja, o equivalente a pouco mais de quatro expressos.
De acordo com o que foi divulgado pela EFSA, ao ultrapassar esse limite há riscos à saúde, sobretudo problemas cardiovasculares. Para as gestantes, essa recomendação cai para 200 miligramas por dia e, para crianças e adolescentes, o cálculo é de 3 miligramas por quilo.
A explicação é de que “o risco para a saúde não é enorme, mas ele existe. A principal mensagem é que os consumidores devem levar em consideração as diferentes fontes de cafeína, além do café“.
O órgão europeu estudou os riscos causados pela cafeína “proveniente de outras as fontes alimentares”, principalmente dos energéticos. A conclusão chegada após a análise de 39 pesquisas realizadas em 22 países europeus e envolveram mais de 66.500 pessoas é que não se deve beber mais de quatro cafés por dia.
Existem vários outros estudos científicos sobre os efeitos do café no organismo. No “New York Times”, o pesquisador Aaron E. Carroll tentou resumi-los, fazendo um levantamento das análises, e chegou à conclusão de que o café, bebido com moderação, é inofensivo ou até benéfico às vezes. “A maioria de nós não bebe café porque acha que isso pode nos proteger. Mas não há praticamente nenhuma evidência que prove isso.”
Tratando-se de distúrbios neurológicos os estudos mais recentes revelaram que um consumo moderado de café reduz os riscos de Parkinson e tem um efeito protetor contra o Alzheimer. “Ninguém está sugerindo que você deva beber café pela saúde”, concluiu o pesquisador. “Mas beber café moderadamente está associado a riscos menores para quase todas as doenças cardiovasculares, ao contrário do que se ouve sobre os perigos do café e da cafeína. Não consigo pensar em outro produto que tenha tantas indicações epidemiológicas positivas.”Já para o médico Luiz Antonio M. César, “A cafeína isolada talvez não seja boa, mas o café não é só cafeína, tem centenas de outras substâncias”.
E você, já tomou quantos cafezinhos hoje? O No Pátio quer saber o que você achou desta pesquisa, conta para a gente!
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