É comum idealizar que encontraremos a felicidade quando alcançarmos os nossos objetivos. O emprego dos sonhos, o carro do ano, morar em outra cidade ou ser correspondido no amor são exemplos de ideais a serem alcançados em busca da tão almejada satisfação na vida. Mas e depois que os objetivos se concretizam?
O que normalmente acontece é que o prazer da realização nem sempre dura muito e a insatisfação volta a atormentar, revelando que o ser humano nunca está satisfeito. “É uma característica que está na origem do desenvolvimento da nossa espécie”, diz Eugênio Mussak, médico de formação, professor da FIA-USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo) e da Fundação Dom Cabral nas áreas de liderança e gestão de pessoas.
O descontentamento, porém, pode ser uma chance para mudar, deixando para trás a frustração que paralisa. De acordo com Mussak, na história da origem da humanidade, a insatisfação favoreceu a evolução e fez o homem se movimentar para viver melhor. No mundo atual, no entanto, com o acesso a inúmeras facilidades, os padrões de satisfação se elevaram. “É difícil hoje ficarmos satisfeitos por muito tempo”, observa.
Muitas vezes, a motivação maior para alcançar nossos objetivos vem da insatisfação pessoal ou profissional. Ter sempre algo em mente para ser conquistado é a chave para o sucesso. Pesquisas mostram que normalmente as pessoas permanecem onde se sentem satisfeitas. Um exemplo é o fato de que o principal fator que leva empregados a pedirem demissão não ser o salário, mas um ambiente de trabalho ruim.
Se por um lado estar insatisfeito leva o indivíduo a se aprimorar e buscar outros caminhos, a capacidade de se sentir mais satisfeito não depende apenas das circunstâncias externas. “O nosso estado de espírito é determinante para gostarmos ou não da nossa situação no mundo”, diz o filósofo Jair Barbosa.
E você? Tem se sentido satisfeito com sua vida? Que novos objetivos ainda pretende alcançar? Conta pra gente!
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