A audiência pública em alusão ao Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, comemorado mundialmente no dia 15 de junho, foi realizada, nesta quinta-feira (18), no Salão de Atos do Paço Municipal, e foi um sucesso absoluto. A ação, conjunta entrer Prefeitura, Câmara Municipal e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) debateu soluções e políticas para este tipo de problema.
O prefeito Roberto Cláudio recebeu a Carta de Fortaleza, durante o debate. O documento foi elaborado durante a 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, que aconteceu no fim do último mês de abril, quando foram apontadas as principais demandas para efetivação de políticas públicas voltadas para essa população. “Esse é um desafio que essa carta traz, como pensar isso a longo prazo, mas dando, ano a ano, passos objetivos. Vamos garantir mais humanismo, mais acolhimento e mais respeito aos nossos idosos”, disse.
“Para garantir o envelhecimento da população de forma saudável e tranquila, com dignidade, sem temor, opressão ou tristeza, precisamos trabalhar intensamente na prevenção da violência, na identificação e no encaminhamento correto dos casos e no cumprimento da lei”, disse o vereador Evaldo Lima, autor do requerimento que gerou a audiência.
A atual gestão da Prefeitura já está adotando algumas medidas em prol da pessoa idosa, como a instalação de Academias ao Ar Livre em diversos bairros, com atividades de baixo impacto; recuperação do Centro de Referência do Idoso; Instituição Municipal de Longa Permanência de Idosos (ILPI) com capacidade para atender até 200 pessoas; e construção de 20 fábricas de vassouras feitas com garrafas PET nas periferias, que irão beneficiar 40 famílias de idosos.
Para Karlo Kardozo, titular da SCDH, é muito importante este momento para valorizar a pessoa idosa. “Precisamos desenvolver na sociedade o sentimento da importância do idoso, para além da idade produtiva e reprodutiva. Apesar da pessoa idosa não estar mais no mercado de trabalho, ela tem uma memória, uma sabedoria a ser explorada. Temos que dar um sentido, uma razão para viver a essas pessoas”, afirmou.
Já na visão do titular da coordenadoria do idoso, Sérgio Gomes,é hora de preparar Fortaleza para o envelhecimento. “Precisamos de políticas públicas que tornem a cidade mais amigável para o idoso. A partir de agora, podemos iniciar um processo de conversa com o Paço Municipal para que tenhamos a garantia de efetivação dessas políticas”, explicou
Saiba Mais: o que é o CMDPI?
O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa (CMDPI) foi criado pela Lei Municipal nº 9.402, de 03 de julho de 2008, e é um órgão colegiado de caráter público, sem fins lucrativos, credo político ou religioso. Tem por finalidade estabelecer as diretrizes para a formulação, implementação, avaliação e fiscalização da política municipal de atendimento, prevenção, promoção, proteção e defesa dos direitos da pessoa idosa.
Apoiam a rede de atendimento e proteção do Conselho a Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH), por meio da Coordenadoria do Idoso e Coordenadoria para Defesa de Cidadania e Direitos Humanos; a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Setra), com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas); e a Secretaria Municipal de Saúde, com os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs).
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