Na ultima segunda-feira (22), o ex presidente Lula ressaltou a importância de lideranças jovens para o PT, destacando que será somente através de uma juventude ativa e ousada que o seu partido conseguirá manter-se afastado da “velhice”.
No dia anterior, um levantamento do Núcleo de Pesquisa em Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), revelou que o descrédito dos jovens na política está cada dia maior, e que apenas 9% dos jovens confiam nos agentes políticos e em instituições como partidos políticos, sindicatos e associações.A pesquisa que ouviu mais de 1.130 jovens, entre 15 e 29 anos, em São Paulo, mostrou que, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de filiados entre 16 e 24 anos nas cinco maiores siglas do País – PMDB, PT, PP, PSDB e PDT -,caiu 56% nos últimos sete anos.
Dos entrevistados, 60,8% confessaram não confiar nos partidos políticos existentes no país e 57,79% estão descrentes em relação aos políticos. Outro dado importante apresentado pelo estudo é que, 49,82% deles dizem não confiar nas instituições de segurança pública, como a Polícia Militar, e a grande maioria não acredita na mídia televisiva (26,58%) ou nos jornais impressos (15,58%).
Segundo a cientista política Raquel Boing Marinucci, todo esse descrédito dos jovens em relação a política pode ser atribuído tanto as inúmeras denuncias de corrupção quanto ao longo processo de desgaste das instituições democráticas brasileiras.“O regime militar gerou uma justificada desconfiança a tudo que se relacionava a governo e, ao mesmo tempo, houve a partir da transição democrática, uma aposta bastante alta nas organizações não governamentais, que começaram a ter papel cada mais central na vida política”, explica.
Já o coordenador da pesquisa e docente da Fespsp, Rodrigo Estramanho de Almeida, considera que os resultados não são tão surpreendentes, porém, direcionam a um entendimento um pouco maior sobre o que esses jovens esperam das instituições e sobre o que deve ser feito para aumentar a participação deles na vida política das cidades.
Mesmo com a descrença e a decepção, é preciso que saibamos que a juventude é o principal motor capaz de mudar a nossa realidade política e social, por isso não podemos virar as costas para questões tão importantes. E você? Como tem participado da política em sua cidade, estado ou país? Conta pra gente!
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