A conclusão de um estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado, em Denver, nos Estados Unidos, revelou que as taxas de mortalidade no país estão interligadas com o grau de escolaridade da população. Os dados, que foram divulgados pela revista Plos One, mostrou que não estudar pode ser tão prejudicial quanto manter o hábito de fumar.
Os cientistas Patrick Krueger e Virginia Chang, juntamente com sua equipe, analisaram as diferenças educacionais dos nascidos em 1925, 1935 e 1945, comparando-as entre si, levando em consideração dois contextos situacionais opostos: pessoas com grau de escolaridade inferior ao Ensino Médio x pessoas que concluíram o Ensino Médio, e pessoas que apenas iniciaram um curso superior x pessoas já graduadas.
Tendo por base esses dados, os cientistas concluíram que no ano de 2010, 145.243 mortes poderiam ter sido evitadas se as pessoas tivessem concluído o ensino secundário. A taxa é semelhante aos números de mortalidade dos ex-fumantes.
“A educação – que é um dever fundamental , a montante de comportamentos de saúde e disparidades – também deve ser um elemento chave da política de saúde”, disse Virginia Chang.
Em linhas gerais, a pesquisa mostrou que manter o hábito de estudar durante a vida impacta diretamente a longevidade das pessoas, tanto por questões sociais quanto psicológicas, direta ou indiretamente atreladas ao grau de escolaridade.
Por este motivo, apreende-se que as políticas públicas também devem levar em consideração a educação da população e aliá-la aos comportamentos diretamente ligados à saúde, como alimentação e frequência de exames de rotina. Com isso será possível diminuir significativamente a mortalidade de adultos.
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