A presença da tecnologia na vida cotidiana das pessoas tem se tornado cada vez maior. Um recente estudo, que ouviu quase 17 mil crianças e adolescentes de escolas londrinas entre as idades de sete e 16 anos, constatou um dado preocupante: quase metade das crianças que fazem amigos online parte para um encontro na vida real, sendo que um quarto delas o fazem sozinhas.
O levantamento conduzido pela National Foundation for Education Research (NFER) e encomendado pelo London Grid for Learning (LGfL) mostrou que os meninos são os que se mostram mais propensos a encontrar pessoas que só viram pela internet (50%) do que as meninas (40%). Como principal forma de conexão com estranhos, os entrevistados apontaram os jogos online.
Citado com frequência para a formação de novos amigos virtuais, os games online são o centro da atividade social entre os meninos – 84% dos garotos jogam, contra 59% das meninas. Dessa forma, seis em cada dez meninos já se tornaram amigos de estranhos por meio de jogos ou outros aplicativos.
Outro problema recorrente que foi identificado na pesquisa foi o cyber bullying, onde uma em cada cinco crianças afirma já ter sofrido bullying online e uma em cada dez confessa já o ter praticado. Cerca de 16% disseram que já enviaram via web conteúdos que as deixaram desconfortáveis e uma em cada dez admite jogar jogos inapropriados para sua idade.
O estudo destacou que uma das principais causas que as expõe a estes perigos recorrentes na web é que as crianças estão obtendo dispositivos tecnológicos cada vez mais cedo. Mais de quatro em cada dez crianças de sete anos já têm aparelhos de comunicação próprios, o que facilita essa interatividade com estranhos.
Uma em cada quatro das crianças pesquisadas disse que seus pais não sabem o que elas fazem online. Ou seja, a separação entre o mundo real e o virtual praticamente já não existe.
Fotos: Reprodução.
