Aplicar a sustentabilidade em setores que movimentam a economia já é uma prioridade para os países de primeiro mundo, como é o caso da Dinamarca. O governo dinamarquês está investindo para que a agricultura do país seja 100% orgânica – e por lei. As primeiras metas devem ser atingidas até 2020.Uma das primeiras medidas está sendo duplicar a área orgânica que existe atualmente. Para atingir esta primeira meta, será investido cerca de 53 milhões de euros. A Dinamarca já tem experiência nesse processo. Além de ser o país que mais investe em agricultura orgânica, também é o que mais desenvolve o comércio de produtos orgânicos. As prefeituras locais já estão se mobilizando para liberar as áreas baldias para a produção de hortaliças sazonais.
O país é comprometido com a causa há mais de vinte anos, com a criação de leis que visam proteger não apenas o território natural, mas as águas e a preocupação em vender produtos que respeitem ao meio ambiente, para que a população também se conscientize. Isso também impacta na economia, principalmente no mercado de exportação, o que aliás, aumentou em 200% com a venda dos produtos orgânicos.
Sendo assim, são duas as preocupação do país europeu: além de investir na agricultura biológica, tornando seu território 100% orgânico (tratando-se de atividade) e investir também em exportar o que for produzido, num ciclo. Internamente, uma das pretensões é prover as escolas, cantinas e hospitais uma alimentação 60% orgânica – das 800 mil refeições servidas diariamente. Vale lembrar que a mesma medida está sendo expandida para os ministérios da Dinamarca.
Provando que a iniciativa não é temporária, o governo também está investindo para que cursos de nutrição, alimentação saudável e agricultura natural sejam agregados a grade escolar. É questão de tempo para que as políticas sustentáveis se espalhem para outros países da Europa e por todo o globo e diferenças significativas na forma de produzir e consumir sejam vistas.
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