Nudismo em manifestações sociais não é novidade pra ninguém hoje em dia. Há quem já até ache banal tirar a roupa como forma protesto… E se a razão da nudez for chamar atenção, será que isso ainda surpreende? Mas é defendendo justamente a ideia de que ninguém deveria se escandalizar com a exposição pública de partes íntimas do corpo – como, por exemplo, os mamilos – que tem ganhado repercussão em São Paulo e Brasília um movimento intitulado #MamiloLivre.
Várias fotografias de peitos (de homens ou mulheres) podem ser vistas pregadas em muros de São Paulo e de Brasília desde o inicio deste mês. As imagens provocam a população, que passam na passagem subterrânea da 202 Sul e no Setor Hospitalar Sul, a refletir sobre a conceito de que a mulher não pode mostrar o peito.
O projeto #MamiloLivre é uma iniciativa feminista que leva a discussão sobre a igualdade de gêneros paras as ruas. O movimento começou a ser arquitetado há cerca de cinco meses, quando a psicóloga Letícia Bahia postou em seu blog pessoal um texto sobre o assunto: “Homens têm direito de exibir seus mamilos em público. Mulheres não”. Decidida a trazer para as ruas e ampliar a discussão da publicação, a psicóloga teve a ideia de colar as imagens dos mamilos na cidade.
Pouco tempo depois, ela conheceu a fotógrafa Júlia Rodrigues, que fazia um trabalho chamado “Pode, não pode” instigando uma reflexão parecida sobre o assunto.
Em seguida as duas saíram em busca de pessoas que aceitassem participar do movimento. “Diversidade é importante para o projeto. Corremos atrás para que as imagens realmente representassem isso”, revela Letícia.
Dessa forma as feministas deram início ao #MamiloLivre. Recebendo o apoio de vários lugares do Brasil, elas garantem que não vão parar por aqui e pretendem até atingir outros países. “Vamos mandar painéis pelo correio para as pessoas que quiserem colar nas suas cidades”, explica Letícia.
De qualquer maneira, o foco do #MamiloLivre é chamar atenção para a desigualdade entre gêneros, para a opressão que sofrem aquelas que querem ter a liberdade, tão somente, de poder mostrar uma parte do corpo que é comum a todos nós, homens e mulheres.
Será que o movimento será bem aceito por aqui? O No Pátio quer saber a sua opinião sobre o assunto.
Fotos: Reprodução.