Estamos bem próximos dos festejos de fim de ano, época em que naturalmente o consumo de produtos e serviços aumenta. Para este ano, tudo indica que a ceia de Natal vai pesar mais no bolso do consumidor. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon Fortaleza, a variação de preços entre o mesmo produto, mesmo sendo da mesma marca, chega a 163% em diferentes supermercados da capital cearense.
Os preços foram coletados entre os dias 21 e 22 de outubro, em dez supermercados de diferentes bairros de Fortaleza. Para a pesquisa, 35 alimentos tradicionais da mesa de Natal, de diferentes marcas, foram comparados. Entre eles, queijos, panetones, conservas, frutas secas e frescas, e ainda, vinhos e refrigerantes. Alguns produtos como carnes (suína), aves (frango, tender, fiesta, chester e peru) e o bacalhau não constavam para venda nos supermercados, mas serão pesquisados em outro levantamento, que deve ser realizado próximo às festas natalinas.
No ranking dos produtos que apresentaram as maiores variações estão as frutas frescas. O quilo da uva Itália, por exemplo, pode ser encontrado de R$3,98 a R$10,49, o que confere uma variação de 163%. A unidade do abacaxi pode sair até 93% mais caro, indo de R$2,09 a R$4,05. O Procon alerta que a escassez ou o prolongamento de chuvas, assim como o transporte e o armazenamento dos produtos, podem influenciar diretamente no preço das frutas.
Entre os itens industrializados, o abacaxi em calda (400ml) pode variar até 84%, custando R$8,89 no local mais barato, enquanto que o mesmo item sai por R$16,39 no supermercado mais caro. A ameixa com caroço (150ml), apresentou diferença de 52%, indo de R$3,79 a R$5,79.
As bebidas também estão mais caras este ano. Quem optar pelo vinho para a ceia de Natal pode encontrar uma variação de até 42%. Já entre os refrigerantes, a maior variação foi de 24% no produto de sabor laranja (2 litros), podendo ser encontrado de R$4,09 a R$5,09.
Para Cláudia Santos, diretora do Procon Fortaleza, o consumidor que antecipar as compras de Natal sairá ganhando. “Essa pesquisa é uma primeira amostra de como os preços estão se comportando ainda a dois meses das festas de fim de ano, ou seja, representa uma economia no bolso do consumidor, pois a tendência é de aumento de preços com a proximidade da ceia de Natal“, comentou.
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