O ano de 2015 não anda sendo lá essas maravilhas para o universo corporativo e o mês de setembro então… De acordo com um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com base em dados da empresa de recrutamento online Catho, o nono mês do ano foi o pior para que os para os trabalhadores buscassem negociar aumentos salariais desde abril de 2011.
Em setembro, o Índice Catho-Fipe de Novas Vagas de Emprego revelou que a relação entre o número de vagas por candidato, que indica o poder de barganha dos empregados, apresentou o oitavo recuo mensal consecutivo, ao cair 2,8% na comparação com agosto.
Essa piora tem relação direta com a menor oferta de oportunidades. No mês de setembro, houve um recuo de 3,4% no número de novas vagas de emprego na comparação com o mês anterior. Em outubro, no entanto, o índice subiu 7,5% ante setembro, a primeira alta desde março de 2015, segundo a pesquisa Catho-Fipe.
Já em relação as vagas por candidato, o Índice Catho-Fipe de Novas Vagas de Emprego mostrou que houve um recuo de 38,3%. No mesmo período a abertura de vagas registrou uma queda de 16,1%. Em outubro, entretanto, o índice de novas vagas reduziu a intensidade da retração, ao cair 4,4% na comparação com outubro de 2014.
Nos primeiros oito meses do ano, os brasileiros inseridos no mercado de trabalho perderam em média quatro anos e meio de melhoras nas condições de barganhar junto aos patrões. Com cada vez mais pessoas interessadas na mesma vaga, agora são os empregadores que têm mais poder de impor condições no momento de acertar termos com os empregados.
O Índice Catho-Fipe de Novas Vagas de Emprego é calculado com base em dados de novas vagas anunciadas no site da Catho. De acordo com a Fipe, o valor está relacionado à dinâmica da atividade econômica do País, em especial à geração de postos de trabalho. Já o indicador Catho-Fipe de Vagas por Candidato é a razão entre as vagas abertas e o número de candidatos de um período.
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