Um artista que propõe uma reflexão sobre o conceito de que tudo um dia cessa, seja um sentimento, uma experiência, uma fase, e a própria vida. Único escultor hiper-realista brasileiro, Giovani Caramello ganhou notoriedade após crítica de seu trabalho publicado na Folha de S. Paulo (março/2015) e grande repercussão na mídia. Autodidata, o artista iniciou sua carreira com modelagem 3D e buscou a escultura como forma de aperfeiçoar a técnica, despertando então o interesse pelo hiper-realismo.
Já participou de exposições em espaços públicos e privados e tem obras em importantes coleções particulares. Recentemente, fez sua primeira residência artística na Alemanha, passando a ter obras no acervo municipal da cidade de Witingen. “A viagem como um todo agregou muito e voltei muito mais inspirado para produzir e abriu minha mente para alguns outros assuntos. Uma coisa que me fez mudar o pensamento e a produção durante a residência foi perceber que todos ali produziam muito rápido, e bons trabalhos. Eu não fazia ideia de que em um dia dava pra produzir algo legal porque meu trabalho leva muitos dias para ser finalizado. Então durante a viagem e agora na volta estou pensando em maneiras de produzir em mais rapidamente, já até fiz alguns testes por aqui”, relata Caramello ao ideafixa.
Dessa forma, o trabalho de Giovani aborda questões relacionadas ao tempo e a sua efemeridade. Suas obras mostram que o único momento existente é o presente, e este também é efêmero, ele nos convida a pensar sobre a impermanência.
Fotos: Reprodução/Fonte de pesquisa: ideafica e omagaleria