A volta do termo Camp!

Moda
 

 

Você sabe o que Paris Hilton, Lady Gaga, Madonna, Carmen Miranda e Elton John tem em comum? Se sua resposta foi o exagero, você acertou! Mas no mundo da moda esse excesso de informação no visual e de cores contrastantes usadas ao mesmo tempo tem uma definição própria: o camp. No Pátio explica tudo sobre a volta dessa tendência!

No começo do século XX, o termo começou a ser usado como sinônimo para exagero, não só no modo como de vestir, mas também do modo de agir, com muitos trejeitos e as famosas “poses”. E por isso mesmo, o estilo Camp de ser foi tratado como uma subcultura e marginalizado. E, vez ou outra, surgia nas manifestações de cultura de massa. Até hoje, o Camp aparece em celebridades pops ou até mesmo em personagens de desenhos animados, como alguns super heróis.

Como quase todas as celebridades que exageram na produção e tentam criar um estilo diferenciado chamam a atenção, seja para o lado positivo ou negativo, esse é o caminho mais escolhido por artistas que buscam seu cantinho ao sol. E a afirmativa popular que “gente famosa faz tudo para aparecer mais ainda” tem como exemplo Lady Gaga com seu exagero imbatível que começa no nome de batismo: Stefani Joanne Angelina Germanot.

 

A cantora Lady Gaga é a musa do retorno do estilo Camp!

É impossível não lembrar da cantora norte americana Madonna, que nos anos 1980 trouxe todos os estilos ao mesmo tempo e desfilava por ai com um visual mais que enfeitado e moderno, um exagero de acessórios, cores e maquiagens. Mas ninguém pode dizer que a tática, ou estilo de vida, da cantora não fez sucesso. Fez sim e a prova disso é que Madonna inspira até hoje as novas gerações de artistas da música pop americana.

Susan Sontag foi a primeira pensadora a questionar o camp,  buscou, em 1964, mapear os estilos e encontrou 58 proposições. Entre essas categorias estão as despolitização e androginia. O que lembra o fato da cantora Lady Gaga ir a público dizer que não era homem.

O premiado cineasta Pedro Almodóvar não escapa da tendência camp. Com obras dramáticas – exagero em sentimentos e ações – e muitas cores, o espanhol há tempos é conhecido por sua excentricidade.
Um exemplo de camp que foi praticamente um divisor de águas na vida das mulheres modernas e mudou o pensamento de outras tantas, é o seriado americano Sex and the City. As quatro inseparáveis amigas desfilavam excesso de cores e tendências nas ruas de Nova York. Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte exageravam no vestuário e no comportamento. Sim, as mulheres antenas com a moda no estilo “Sex and the City” estão inseridas no modelo camp. 

No Brasil, o estilo ainda não faz referência ao exótico nem ao sofisticado. Aqui, o camp se relaciona com o “brega” e personalidades como Chacrinha, mais enfeitado impossível! Mamonas Assassinas e Falcão também são sempre lembrados.

Há quem classifique o estilo como maneira de chamar a atenção ou apenas um modo de se destacar na multidão. Camp ou não, o importante é ter personalidade!

 

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