Em países com cultura empreendedora as perspectivas de crescimento econômico são muito maiores. No Brasil, o número de mulheres que querem ter o seu próprio negócio tem aumentado a cada ano e pesquisas apontam que os negócios liderados por mulheres possuem uma taxa de sobrevivência maior. Mas por que será que isso acontece? Talvez porque várias pesquisas mostram que as mulheres, no mundo todo, são mais disciplinadas na hora de empreender.
Por exemplo, um recente estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que as microempreendedoras são minoria no acesso ao crédito, costumando pedir valores cerca de 50% menores que os homens em financiamentos para empresas.
De acordo com o estudo do Sebrae, as mulheres representam quase a metade dos pequenos empresários brasileiros (47,4%) e cerca de 61 mil delas estão à frente de uma franquia, que fatura até 32% a mais do que as lojas gerenciadas por homens. No entanto, mesmo as mulheres sendo responsáveis pelo sustento de 35% dos lares brasileiros costumam pedir valores cerca de 50% menores que os homens e apenas 24% delas solicitaram empréstimo bancário em nome da empresa no primeiro semestre de 2015.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, dos 5,6 milhões de empresários cadastrados na categoria Microempreendedor Individual (MEI), 77% querem crescer e se tornar micro ou pequena empresa. Entretanto, menos da metade se relaciona com bancos como pessoa jurídica. “Cerca de 80% utilizam financiamento que não passa por instituições financeiras, como negociação com fornecedores e cheques pré-datado. Nos últimos cinco anos, apenas 40% dos empreendedores individuais obtiveram empréstimo em bancos. Isso mostra que existe espaço enorme de crédito para os microempreendedores individuais. E os empreendedores fogem dos bancos por causa das altíssimas taxas de juros”, explica Afif Domingos.
E você, o que achou da pesquisa? Acha que o fato das microempreendedoras serem minoria no acesso ao crédito significa que elas são menos propensas do que os homens a correr riscos, sendo mais cautelosas na gestão? O No Pátio quer saber a sua opinião.
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