Alunos cearenses criam reator de biodiesel mais barato do mundo

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Já estamos no sétimo mês do ano e o preço médio da gasolina segue disparando em todo o Brasil. Os aumentos, apesar de serem esperados, continuam assustando a todos, que diante do cenário de recessão econômica vem buscando outras alternativas para se locomover.

Para quem anda sentindo os reflexos do aumento de preço da gasolina e acabou tendo que mudar a sua rotina,  três estudantes cearenses do Instituto Federal do Ceará (IFCE), do campus de Juazeiro do Norte, a 490 quilômetros de Fortaleza, descobriram uma solução para o problema.

Com a orientação dos professores Ricardo da Fonseca e Adolfo Cabral, Cícero Paulo dos Santos, Maria Jéssica da Silva e Alanna Lucema desenvolveram no ano passado um projeto inovador de produção de biocombustível.

Os alunos criaram um reator de baixo custo capaz de produzir biodiesel, glicerina e sabão. O equipamento já foi patenteado e está sendo testado em motores de carros para verificar a utilização do biocombustível produzido. Segundo Maria Jéssica, a ideia de realizar o projeto surgiu há quatro anos, nas olimpíadas de química da instituição de ensino.

PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Para fabricar o equipamento, os estudantes adaptaram um corote (espécie de reservatório d’água de caminhão) e materiais recicláveis, como vassoura, polia, madeira e garrafas de plástico. Segundo o professor Ricardo, o equipamento custa em torno de R$80 para ser feito e produz cerca de 20 litros de biodiesel, além de não precisar de energia para funcionar. Para a produção da substância, o equipamento mais barato encontrado atualmente no mercado custa em torno de R$3 mil.
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O corote é colocado de pé, as torneiras de ferro do recipiente são adaptadas para retirar a glicerina e o sabão, e o reator funciona por atrito, sem a necessidade de energia elétrica. São produzidos 19 L de biodiesel e 5 L de glicerina por batelada.

Atualmente, o projeto se confirma tecnologicamente como o mais barato e benéfico do mundo. Entretanto, apesar do grande potencial de mercado, o projeto ainda não possui os incentivos necessários, pois é preciso ainda muito investimento para torná-lo uma realidade.

Fotos: Reprodução. 

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