Uma notícia muito importante para a saúde das mulheres. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar a ampliação da faixa etária de indicação da vacina papilomavírus humano (HPV) 6, 11, 16 e 18 (recombinante). Ou seja, a partir de agora, mulheres de 9 até 45 anos poderão se prevenir contra as infecções e doenças causadas pelo HPV tomando a vacina contra HPV.
Acreditava-se que a maioria das mulheres já havia sido infectada pelo vírus logo após início da atividade sexual, e que supostamente a vacina contra o HPV não teria benefício em mulheres acima de 26 anos de idade. Essa percepção, contudo, se mostrou equivocada após estudos de prevalência do vírus em mulheres adultas. Estudo com 3.370 mulheres de 24 a 45 anos mostrou que aproximadamente dois terços não tinham entrado em contato com os tipos de HPV 6, 11, 16 ou 18 e ainda assim estavam suscetíveis a contraírem esses vírus.
Segundo as recomendações do Calendário da Mulher da Sociedade Brasileira de Imunizações, o maior potencial benéfico para o uso rotineiro da vacina contra o HPV no sexo feminino é na pré-adolescência, a partir dos 9 anos de idade, mas que se pode indicar a vacinação de mulheres com mais de 26 anos, mesmo nas previamente infectadas pelo HPV.
Atualmente, a vacina contra o HPV já é indicada para meninas de 9 a 26 anos na prevenção de verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e câncer de ânus. Nas mulheres, a vacina protege contra verrugas genitais, lesões pré-cancerosas e cânceres de colo do útero, vulva, vagina e ânus. A faixa etária de maior custo-efetividade da vacina para campanhas públicas de imunização ainda é na pré-adolescência e na adolescência, antes da exposição ao HPV. Entretanto, a vacinação em mulheres com até 45 anos de idade apresenta eficácia comprovada e tem benefícios individuais relevantes de proteção contra a infecção pelo HPV.
Com vacina ou sem vacina, entretanto, uma coisa é de fundamental importância: sempre praticar sexo seguro, ou seja, sempre usar camisinha.
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