Depois de longas reuniões, a última delas terminou na madrugada desta terça-feira (19), as delegações que representam os 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU), enfim, chegaram a um acordo sobre o documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Mesmo com alguns países demostrando descontentamento com determinados pontos do texto final, o documento foi aprovado sem alterações na reunião que aconteceu nesta tarde, disse o chefe de Comunicação das Nações Unidas na Rio+20, Nikhil Chandavarkar.
“Os chefes de Estado têm direito de mudar o texto, mas os países já deram suas posições [com os negociadores], por isso acho difícil que haja mudanças.” O documento aprovado não trata de alguns pontos que estavam causando divergência como, por exemplo, a questão do fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Alguns países defendiam a elevação do programa ao status de agência, o que não foi acertado. Com 49 páginas, o texto final tem 283 parágrafos, quatro a menos que o rascunho anterior.
Entre outras coisas, o documento reconhece a importância dos oceanos e mares para o desenvolvimento sustentável, acreditando que tem efeitos na erradicação da pobreza, desenvolvimento econômico e segurança alimentar. O texto refaz o compromisso de restaurar a “saúde” dos oceanos e preservar sua biodiversidade pensando nas gerações futuras.
Nesta quarta-feira (20), o texto será levado para aos chefes de Estado para ser discutido. O documento da Rio +20 é essencial para que tudo que foi discutido durante a conferência não fique no campo das ideias, mas que seja assegurada a execução das ações propostas para o desenvolvimento sustentável no planeta que implica, não só, em práticas ambientais, mas em várias ações de promoção da vida, direitos básicos e outros aspectos que asseguram a igualdade entres as classes.
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