Tirando alguns museus específicos – como aqueles de ciências nos quais podermos e devemos mexer em tudo o que está exposto -, geralmente museus são locais ligados à memória. São criados para homenagear pessoas inesquecíveis ou deixar viva na lembrança situações ruins que não devem jamais ser esquecidas para que não se repitam. Exemplo disso é o Memorial do World Trade Centre, construído no local onde ficavam as torres gêmeas a fim de homenagear os mortos e deixar viva a memória do horror daquele ataque terrorista.
Outro importante museu deste tipo é o Memorial do Holocausto, em Berlim, na Alemanha, que busca manter viva a lembrança dos horrores do nazismo para que nunca mais aquilo se repita na história mundial. Um lugar desses merece respeito por parte dos visitantes, mas nem sempre é o que acontece…
É que, ao se visitar um espaço que traz lembranças tão pesadas e dolorosas, acredita-se que o visitante vá respeitar a lembrança dos que morreram e ali foram homenageados. Mas um fotógrafo chamado Shahak Shapira notou que, no Memorial do Holocausto, muitos jovens iam e simplesmente pareciam não se importar com o que havia acontecido com aquelas pessoas. Cansado de tantas selfies e risinhos entre os “túmulos” do memorial, ele resolver fazer uma série de montagens juntando as fotos que ele coletou em redes sociais como Instagram, Facebook e até mesmo Tinder com fotos reais dos campos de concentração. Assim nasceu o Yolocaust, projeto que mistura as palavras Holocaust (“Holocausto”, em inglês”), e YOLO (acrônimo para “You Only Live Once” ou “Você Só Vive Uma Vez”, em português), expressão muito usada pelos jovens hoje em dia.
O resultado? Algo forte e, até certo ponto… Pertubador… Dá uma olhada na galeria abaixo:
Para ele, é como se as pessoas fossem festejar em um cemitério, quando a coisa não deveria ser bem assim. “Cerca de 10.000 pessoas visitam todos os dias o Memorial dos Judeus Assassinados da Europa, muitos deles tirando fotos, pulando, andando de skate ou de bicicleta nas 2.711 lajes de concreto da estrutura de 19.000 m²”, escreveu Shapira em suas redes sociais. “O segnificado exato e a função do Memorial do Holocausto são controversos. Para muitos, as estrelas cinzentas simbolizam lápides para os seis milhões de judeus que foram assassinados e enterrados em valas comuns, ou a cinza no qual eles se transformaram ao serem queimados nos campos de extermínio”. Ou seja: não é legal ficar andando de bicicleta em cima de uma lápide.
Para aqueles que se sentiram envergonhados de aparecerem no projeto Yolocaust, Shapira declarou que basta entrar em contato com ele através do e-mail undouche.me@yolocaust.de e pedir para remover a imagem.
E para você? Ele está certo ema char isso uma falta de respeito ou está exagerando?
Fotos: Reprodução/Yolocaust