O Brasil tem aproximadamente 1,5 milhões de pessoas com cegueira causada por catarata. Dados do Ministério da Saúde apontam que entre 2010 e junho de 2015, do total de idosos diagnosticados com catarata no País 72,7% fizeram cirurgias. Desses, 47,6% fizeram o procedimento cirúrgico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e 37,9% foram cobertas por plano de saúde. Outros 27,7% das pessoas de 60 anos ou mais de idade deixaram de realizar a cirurgia.
Em pleno século XXI, quando vivemos a era da tecnologia, os índices apresentados são considerados altos. Por isso, é necessária uma maior atenção das políticas públicas quando o assunto é saúde ocular. Na Câmara Municipal de Fortaleza quem destacou essa questão foi a vereadora Magaly Marques (PMDB), que na última quinta-feira (14) cobrou do Executivo providências acerca da situação das pessoas carentes que necessitam do aparato público para conseguir realizar a cirurgia de catarata.
Durante a sessão ordinária a parlamentar solicitou que fosse revista a questão dos convênios com as clínicas, a fim de possibilitar a realização da cirurgia de catarata para as pessoas sem recursos econômicos. “Existe uma demanda grande, e sabemos que tanto a cirurgia como os exames são caros, pois custam em torno de R$1800 a R$2000 reais.”, frisou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 60% das cegueiras são evitáveis. A falta de informação e de consultas periódicas ao oftalmologista são os principais motivos para a deterioração da visão.
Atualmente, preconiza-se operar a catarata o mais breve possível desde que o paciente tenha os sintomas (borramento visual, visão dupla, etc). A técnica cirúrgica empregada no tratamento tornou o procedimento rápido, entretanto, isso não significa que a cirurgia possa ser considerada simples. Por estar relacionada a uma parte muito sensível e frágil do corpo humano, a cirurgia de catarata exige grande conhecimento do especialista e de toda equipe.
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