Em novembro deste ano, o Banco do Brasil (BB) apresentou, oficialmente, as mudanças que serão feitas durante o ano de 2017. Em todo País, serão 402 agências bancárias fechadas, 379 transformadas em postos de atendimento e 31 superintendências em diversos municípios serão encerradas. As ações visam ainda aposentadoria incentivada de 18 mil funcionários em todo o País.
A decisão vem causando bastante polêmica entre os brasileiros e para debater acerca do assunto, a Comissão de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço da Assembleia Legislativa do Ceará promove, na tarde desta quinta-feira (15), uma audiência pública para discutir o fechamento das agências e demissão de trabalhadores do BB no Ceará. O debate, que atende a requerimento do deputado Elmano de Freitas (PT), acontece no Complexo de Comissões Técnicas da Casa.
Atualmente, a instituição conta com 219 unidades de atendimento no Ceará, sendo 153 agências, 66 postos de atendimento e 2575 funcionários. Com a reorganização, o banco passará a contar com 143 agências, 69 postos de atendimentos, 212 unidades no total e 2094 funcionários.
Para o deputado Elmano de Freitas, é imprescindível e urgente que o Parlamento discuta e interfira neste processo. “Os bancos brasileiros não passam por crise, aliás, é um setor que não a conhece. A sociedade, em geral, e os trabalhadores, especialmente, precisam de bancos efetivamente públicos, e as medidas anunciadas confirmam toda uma linha privatizante do Governo Temer. É preciso discutir com os sindicatos e a sociedade medidas protetivas e revertedoras das deletérias ações anunciadas”, avalia.
Em relação às agências, o Banco do Brasil vem afirmando que a rede “será reorganizada de forma a adequar-se ao novo perfil e comportamento dos clientes, com o aproveitamento de sinergias, a otimização de estruturas e a ampliação de serviços digitais, sem comprometer a presença do BB nos municípios em que atua”.
Foram convidados para a audiência o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/CE), Luciano Simplício, o presidente do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará, Carlos Eduardo Marques, a diretora do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), Ann Celly Sampaio, a diretora do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Cláudia Santos, o procurador-chefe do Trabalho, Carlos Leonardo Holanda Silva, além de representantes do Banco do Brasil e da Federação dos Bancários.
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