Uma das grandes atrações da XII Bienal Internacional do Livro do Ceará, realizada de 14 a 23 deste mês, é a “Bienal Fora da Bienal”. A proposta traz encontros com escritores do Ceará, do Brasil e de vários países, realizados fora do Centro de Eventos do Ceará, colocando novos públicos em diálogo direto com autores consagrados. Nesta segunda, a programação acontece às 16h, na Tribo dos Índios Anacé, em Caucaia, onde o escritor Valter Hugo Mãe conversa com a comunidade a partir do mote “Na Corrente dos encantados”.
A iniciativa realizará ao todo 14 atividades, pensadas estética, afetiva e politicamente. Este ano, juntos com a coordenação geral da Bienal, têm-se uma programação em que outra vez nomes muito importantes da literatura de língua portuguesa terão oportunidade de interagir com nossa gente mais querida”, complementa Julio Lira, citando a coordenadora geral, Mileide Flores, e os curadores, Lira Neto, Cleudene Aragão e Kelsen Bravos, além de sugestões do secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba.
A Bienal Fora da Bienal é tanto uma forma de levar as atividades do evento a outros públicos, ressaltando o caráter democrático, inclusivo e participativo da Bienal, em sintonia com a política cultural do Ceará, como de colocar em prática o tema do evento, “Cada pessoa um livro; o mundo, a biblioteca”, promovendo encontros entre pessoas de diferentes contextos, “acervos vivos” capazes de dialogar, compartilhar experiências, visões de mundo, crescer juntos, a partir de encontros que só a Bienal poderia proporcionar.
Ao longo da semana a programação terá Ignácio de Loyola Brandão e Benita Prieto, além de uma roda de conversa literalmente dentro do mar com o escritor Daniel Galera, além de atividades com escritoras como Rosalina Tavares (Cabo Verde), Brígida da Silva (Timor Leste) e Pauline Chiziane (Moçambique). Tudo isso, em espaços tão diversos quanto a Praia do Titanzinho, a Praia da Saquarema, no Pirambu, a Praça do Ferreira, o Mucuripe, o Poço da Draga, a Unilab em Redenção, a comunidade indígena dos Anacé, em Caucaia, o Instituto Tonny Ítalo, em Itaitinga, e a Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, em Aquiraz.
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