Brasileiros criam mecanismo robótico para recuperar quem sofreu um AVC

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sofreu um AVC

Um dos maiores medos de pessoas idosas ou com problemas de saúde como colesterol ou pressão alta, sem duvidas, é sofrer um AVC. Isso porque além do alto risco de morte, quem sofreu um AVC também costuma ter uma difícil recuperação. O termo refere-se ao Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como derrame, e pode deixar sequelas graves, que vão desde problemas motores podendo chegar ao coma ou estado vegetativo. Mas um grupo de pesquisadores brasileiros está desenvolvendo um equipamento especial que promete ser de grande ajuda na vida de quem sofreu um AVC.

Os pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveram um exoesqueleto robótico para auxiliar no tratamento das vítimas do AVC. Trata-se de um equipamento de sustentação – como um esqueleto externo – que visa ampliar a mobilidade de pessoas que desenvolveram sérios problemas motores após o acidente. O equipamento funciona de forma relativamente simples. Após conectado, ele utiliza sensores para avaliar quais músculos apresentam mais dificuldade em realizar movimentos. Através de um algoritmo, ele atua na região afetada dando uma espécie de “empurrãozinho” para que o paciente realize os movimentos que ele não conseguiria realizar sozinho.

sofreu um AVC

“Uma das possíveis sequelas de quem sofreu um AVC é ficar com o pé caído, situação em que a pessoa o arrasta no chão quando tenta andar. Com os nossos algoritmos atuando em conjunto com o exoesqueleto, nós conseguimos identificar a gravidade dessa deficiência e ajudar o indivíduo a melhorar sua passada por meio de estímulos que são gerados nas juntas do equipamento”, explica Felix Maurício Escalante Ortega, responsável pelo desenvolvimento dos algoritmos e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica na universidade, ao site CanalTech.

Equipamento adaptativo

Quando pensamos em um equipamento robótico, temos a ideia de que seja algo pesado, certo? Mas o equipamento desenvolvido pela USP pesa apenas 11 quilos. A leveza do material e a forma como ele foi construído fazem com que ele consiga se adaptar de acordo com as necessidades de cada paciente. Com sua utilização, os músculos, antes enfraquecidos pelo AVC, vão se fortalecendo aos poucos. Então, assim, o paciente consegue recuperar, aos poucos, parte dos movimentos perdidos.

Fotos: Reprodução

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