Na última segunda-feira (16), a presidente Dilma Rousseff sancionou a lei que fixa os gastos públicos em saúde nos municípios, estados e União. A notícia veio na mesma semana em que Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulga através da pesquisa Conta-Satélite de Saúde 2007-2009, um detalhamento das contas nacionais. Mesmo com os gastos do governo sendo maiores nesse período, as famílias continuam contabilizando despesas mais elevadas no setor. Entres os dois anos, as famílias brasileiras responderam, em média, por mais da metade dos gastos em bens e serviços de saúde: 56,3%.
O levantamento feito pelo IBGE, traz ainda dados da produção, consumo e comércio exterior de bens e serviços relacionados à saúde. O estudo mostrou que as famílias gastaram, em 2009, R$ 157,1 bilhões em bens e serviços de saúde, enquanto a administração pública desembolsou R$ 123,6 bilhões com o mesmo setor. Nesse período, o consumo de bens e serviços de saúde representou 8,8% do PIB total do país, alcançando R$ 283,6 bilhões.
Em 2009, os brasileiros tiveram mais gastos nos serviços de consultas médicas e odontológicas, exames laboratoriais (36,3% do total) e com medicamentos (35,8%). Mesmo com o Sistema Único de Saúde, que é gratuito, a população ainda tem que recorrer a serviços privados para ter uma atendimento, melhor e mais rápido. Muitos investimentos são feitos, mas na prática acabam não chegando aos que esperam usufruir do serviço de saúde ‘gratuito’ do país.
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