Todos os dias alunos no mundo inteiro sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de brincadeira, mas que machuca e fere a alma: O bullying! Antes tabu nas escolas, a “brincadeira” agressiva vem ganhando cada vez mais espaço como tema em sala de aula.
Instituições apostam em estratégias diversas – de cartilhas a teatros – para prevenir e combater esse tipo de violência e esta semana, uma lei federal começa a vigorar com o intuito de obrigar todas as escolas a ter ações de combate ao bullying.
Além dos estabelecimentos de ensino, a nova regra vale para clubes e agremiações recreativas. Pais e professores também devem ser orientados sobre essa prática abusiva – quando há perseguição sistemática, física ou psicológica, presencial ou virtual. Outra previsão é dar assistência psicológica e jurídica às vítimas e aos agressores.
Na maioria das escolas, as ações mais intensas são no ensino fundamental 2 (6º ao 9º anos), quando os alunos começam a adolescência. Segundo Marta Angélica Iossi, especialista em saúde escolar, é importante que as escolas deem voz às crianças e adolescentes. “Muitos adultos encaram o bullying como natural da idade. Mas, quando causa sofrimento, não é.” Outra preocupação deve ser com o agressor. Para a especialista, ele não deve ser punido por também ser alguém que precisa de ajuda.
Quando não há intervenções eficazes contra o bullying, o espaço escolar torna-se totalmente corrompido. Todas as crianças são afetadas, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Os alunos que sofrem esse tipo de violência, dependendo de suas características individuais e dos meios em que vivem, principalmente os familiares, poderão não ultrapassar os traumas sofridos na escola. Podendo, portanto, quando adultos apresentar sentimentos negativos, especialmente com baixa autoestima, tornando-se indivíduos com sérios problemas de relacionamento ou até mesmo vindo a também adquirir um comportamento hostil.
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