Entre janeiro e novembro de 2014 o Brasil produziu 2,94 milhões de veículos, esse número representa uma queda de 15,5% em relação aos mesmos onze meses do ano passado, quando foram fabricados 3,48 milhões de unidades.
Esses números foram divulgados pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que informou também que o mês de novembro teve uma queda de 9,7% em relação a outubro e este mesmo mês de 2013.
Se comparadas com outubro deste ano, as exportações de veículos aumentaram 10,5% em novembro, chegando a 25.971 unidades. Porém, sofreu uma queda de 42,6% em relação ao mesmo período de 2013.
Ainda entre janeiro e novembro deste ano, 310.781 veículos saíram do país. Quando comparamos com este mesmo período do ano passado, percebe-se que as exportações despencaram 40%. Isso aconteceu principalmente por causa da crise na Argentina, que é destino de aproximadamente 90% da produção brasileira de automóveis destinada ao exterior.
“Em novembro, o mercado argentino licenciou 38 mil unidades, contra 61 mil no mesmo mês do ano passado, uma queda de quase 38%. Essa queda é importante para nós e afeta o desempenho”, afirmou Luiz Moan, presidente da Anfavea.
De acordo com a Anfavea, no mês passado foram comercializados 294.700 veículos, 4% a menos frente a outubro e 2,7% abaixo de novembro de 2013. De janeiro a novembro foram vendidos 3.128 veículos, número 8,4% inferior que o do mesmo período de 2013.
Cerca de 414,3 mil veículos estavam parados nos pátios das montadoras e nas concessionárias no final de novembro, este número representa 42 dias de vendas ao ritmo atual. “O nível de estoque é absolutamente inadequado, mas cada empresa continuará trabalhando no crescimento das vendas e na redução da produção”, apontou Moan.
A estimativa de contração de 5,4% nas vendas para este ano foi mantida pelas montadoras, mas elas apontam que a situação pode piorar. “Se repetirmos o mesmo número de dezembro do ano passado, fecharemos o ano em 3,47 milhões unidades, o que daria uma queda de 7,6% ante 2013”, disse o presidente da Anfavea.
Porém, a perspectiva é de melhora para 2015. De acordo com Luiz Moan, o segundo semestre deste ano já apontou uma melhora em relação ao primeiro e, se o nível de vendas continuar assim no próximo ano, os números deverão ser maiores que 2014.
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