Camada de ozônio recuperada até 2050

EcoFriendly|Novidades|Sustentabilidade

Após realizar um estudo de quatro anos, a ONU divulgou, neste mês, que a camada de ozônio pode estar completamente reconstituída até 2050. Segundo a pesquisa, que contou com a participação de 300 cientistas, incluindo brasileiros, o buraco sobre a Antártica deve começar a se reduzir a partir do ano de 2020.

De 2000 a 2013, os níveis de ozônio cresceram quatro por cento em latitudes norte a cerca de 30 milhas (48 kms) de altura. Este mesmo estudo divulgado em 2010 apontava que não havia qualquer tipo de sinal de melhoria.

“É uma vitória para a diplomacia e a ciência o fato de que fomos capazes de trabalharmos juntos”, disse o químico Mario Molina. A entidade alerta que a recuperação apenas foi garantida graças a uma cooperação internacional.

A camada de ozônio protege a terra de raios ultra-violetas emitidos pelo sol. Clorofluorcarbonos produzidos pelo homem, chamados de CFCs, emitiam cloro e bromo, que destruíam as moléculas de ozônio suspensas no ar e enfraquecia e tornava essa camada de ozônio cada vez mais fina.

camadadeozonio_nopatio1

Após um alerta de cientistas, países ao redor do mundo concordaram com um tratado em 1987 para eliminar progressivamente os CFCs. Os níveis desses elementos em alturas de 30 a 50 milhas estão diminuindo.

As Nações Unidas estimaram em um relatório anterior que, sem o pacto, em 2030, dois milhões de casos extras de câncer de pele seriam registrados por ano no mundo.

A camada de ozônio ainda está longe de ser recuperada. Elementos químicos devoradores de ozônio e de longa duração que ainda permanecem na atmosfera criam anualmente um buraco no extremo do Hemisfério Sul, e o buraco não foi fechado. Além disso, a camada de ozônio ainda está cerca de seis por cento mais fina do que na década de 80, segundo cálculos do cientista da Nasa, Paul A. Newman.

“Mas diante de certos indicadores positivos, a camada de ozônio deve se reconstituir até meados do século”, comemorou o diretor-executivo do Programa da ONU para Meio Ambiente, Achim Steiner. Segundo ele, até 2050 a projeção aponta que a camada poderá voltar a seus níveis de 1980, data que serve de referência. O auge do problema foi identificado em 1993.

camadadeozonio_nopatio2

Em contraponto, a ONU também anunciou que os níveis atmosféricos do principal gás de efeito estufa, o dióxido de carbono, bateram outro recorde em 2013. O aumento em relação a 2012 foi o maior salto em três décadas.

Apesar disso, Achim Steiner alerta que “O sucesso no caso da camada de ozônio deve servir como exemplo para a negociação de acordos sobre o clima. Temos as provas sólidas da importância da cooperação para garantir a proteção de nosso patrimônio comum”.

A nossa torcida é para que notícias como essa aumentem e nosso meio ambiente sofra cada vez menos.

 

Fotos: Reprodução

Inscreva-se na nossa newsletter