
Em outubro de 2008, o Brasil parou diante de um drama terrível. A adolescente Eloá Cristina Pimentel, então com 15 anos, foi mantida refém por mais de 100 horas em Santo André (SP) pelo ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes, de 22 anos. Hoje, quase 20 anos depois, a história que ficou conhecida como Caso Eloá virou tema de mais um documentário estilo true crime da Netflix.
A plataforma de streaming anunciou o lançamento do documentário Caso Eloá: Refém Ao Vivo para o dia 12 de novembro de 2025. A produção promete trazer trechos inéditos do diário de Eloá, além de depoimentos de seu irmão Douglas Pimentel e da amiga Grazieli Oliveira — que falam publicamente sobre o episódio pela primeira vez.
O documentário também reúne entrevistas com jornalistas e autoridades que acompanharam o crime, retratando tanto as negociações como o impacto social do caso. Nos bastidores, a expectativa é grande, já que crimes reais atraem público e discussão. Além disso, o Brasil acompanhou ao vivo o desenrolar dramático dessa história, que entrou para a memória coletiva do país. Ao mesmo tempo, o projeto reforça que as produções de true crime ainda tem força no Brasil.

Relembrando o Caso Eloá
Como dissemos, em outubro de 2008 a jovem Eloá Pimentel foi sequestrada e mantida refém pelo seu então ex-namorado, Lindemberg Alves. Ele invadiu o apartamento onde Eloá estava com amigos por volta das 13h daquele fatídico dia, exigindo que retomassem o relacionamento. A polícia, então, conduziu negociações que se estenderam por cerca de quatro dias, com repercussão ao vivo na televisão.
No entanto, as negociações não correram conforme o esperado. Na madrugada de 18 de outubro, Eloá foi levada ao hospital após levar tiros — um tiro na cabeça e outro na virilha — e, infelizmente, não resistiu. Sua amiga Nayara Rodrigues da Silva, que também foi refém, sobreviveu ao ataque, mas passou por graves consequências.

Porém, para além de toda a tensão do caso, o que também gerou polêmica foi a dúvida: o tiro que matou Eloá partiu de Lindemberg ou dos policiais? O caso suscitou debates sobre violência de gênero, atuação policial, cobertura midiática e o papel da mídia na exposição de vítimas.
Assim, com o documentário, o público tem nova oportunidade de refletir sobre temas que permanecem atuais: cárcere privado, feminicídio, mídia sensacionalista e mecanismos de prevenção da violência. O caso Eloá continua sendo parte da memória coletiva e, com a nova produção, volta ao centro da discussão.
Você lembra do Caso Eloá?
Fotos e vídeos; Reprodução