Assim como em 2015, este ano não está sendo fácil para a economia brasileira. O aumento dos juros e da inadimplência e a retração econômica vêm a cada dia contribuindo para que o mercado de crédito permaneça em queda. Entretanto, apesar do quadro nada favorável na economia do País, o Ceará está conseguindo manter as receitas e as despesas equilibradas.
Foi o que afirmou o titular da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará (Sefaz), Carlos Mauro Benevides Filho, em audiência pública sobre a avaliação do cumprimento das metas fiscais do 1° quadrimestre de 2016. A reunião, realizada na tarde da segunda-feira (30), foi presidida pelo deputado Júlio César Filho (PDT), presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa.
Segundo o secretário, a atividade econômica exige cautela devido à diminuição do repasse para o Ceará. “A gente tem que conduzir bem o gasto pessoal. Tem que apostar que essa dívida se mantenha nesse patamar, de tal maneira que o estado do Ceará não vá para a vala comum dos demais estados brasileiros, de chegar ao cúmulo de não investir, não pagar o fornecedor e, na última instância, não pagar o servidor”, afirmou Carlos Benevides.
Conforme dados da Sefaz, o desempenho das receitas teve variação de 11,43% em comparação a igual período do ano passado. Mauro Benevides destacou que as maiores receitas são decorrentes do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que teve elevação nominal de 6,04%, e do Fundo de Participação dos Estados (FPE), com variação de -4,18%. Já as despesas tiveram variação de 13,06% no 1° quadrimestre de 2016, em relação ao mesmo período de 2015.
Ainda de acordo com os dados da Sefaz, os grupos de despesas do Poder Executivo que ultrapassam os valores programados foram: outras despesas correntes (15,06%), juros e encargos da dívida (18,74%), inversões financeiras (120,94%) e amortização da dívida (53,72%).
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