Os investimentos em produção de energia alternativa, como a eólica, por exemplo, estão fazendo do Ceará referência neste seguimento. O estado já lidera a produção de energia elétrica eólica no Nordeste, com 17 parques, e até 2014 quer ser responsável por cerca de 43% do setor. O número de parques já faz com que o Ceará fique na frente do Rio Grande do Norte, um concorrente histórico. Será uma produção de aproximadamente 7000 MH em todo país contra 3000 MH no Ceará. Segundo a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Melo, serão 65 parques de geração eólica até o ano de 2016.
Mesmo com toda a expectativa pela criação de tantos parques de geração de energia, a falta de mão de obra qualificada para atender a uma demanda tão grande de construção tem preocupado os especialistas do setor. “Foram contratadas muitas usinas em um único período para fazer num determinado prazo. Então você pega 2 mil torres para construir até 2013, por exemplo. Onde vamos ter tanta gente assim?”, comenta o presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica, Adão Linhares.
Linhares, pontua que não é só o fato de qualificar profissionais, mas da demanda e de tempo hábil para cumprir os prazos. “Uma das preocupações é que haja a promoção da oferta para essa demanda. Implementar e complementar o sistema normal de mão de obra. No entanto, o que é mais agravante não é o nível técnico, mas sim o médio e o tecnólogo, para ser supervisor”, explica Linhares. Mesmo com pontos que convergem contra, a projeção do Ceará para esse seguimento de produção de energia vai movimentar muito a economia e dar mais visibilidade para o estado, como campo favorável para investimentos econômicos.
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