Ceará tem primeiro banco de pele animal do Brasil

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Pessoas que sofreram queimaduras de até segundo grau agora tem uma nova opção de tratamento no Ceará. Trata-se do uso da pele da tilápia para auxiliar a cicatrização e recuperação dos tecidos queimados. E para incentivar este tipo de tratamento, foi inaugurado no Ceará o primeiro banco de pele animal do Brasil.

A iniciativa é resultado de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento sobre Pele de Tilápia. Ele é apoiado pela Enel Distribuição Ceará e desenvolvido pelo IAQ (Instituto de Apoio ao Queimado), em parceria com o NPDM (Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará). O banco de pele animal ficará sediado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Por ser um peixe criado em água doce, de rápida reprodução e por disseminar menos doenças, a tilápia foi escolhida para ser estudada como alternativa no tratamento de queimaduras. Sua pele pretende ser uma alternativa ao uso comum da pomada de sulfadizina de prata. Este medicamento, hoje, é utilizada no tratamento convencional de queimados.
Acontece que o uso da pomada requer a troca diária do curativo, um processo extremamente doloroso para o paciente. Já o curativo de pele de tilápia, por exemplo, pode ser retirado somente no fim do tratamento de uma queimadura de segundo grau. Além disso, o tratamento com pele de tilápia não requer o uso de analgésicos e anestesias e o tempo de cicatrização é reduzido entre um e dois dias.
Atualmente, as peles de tilápia são retiradas do Açude Castanhão, em Jaguaribara, localizado a 260 quilômetros de Fortaleza. Depois de retirado, no Banco de Pele, o tecido passa por um complexo processo de limpeza, esterilização, refrigeração, até ficar pronta para ser usado no tratamento. O tratamento dos pacientes do projeto já está sendo realizado no Instituto José Frota, em Fortaleza, e já foi registrado pela ANVISA. Atualmente 120 pacientes ambulatoriais e 30 crianças internadas utilizam os curativos com pele de tilápia.
Uma iniciativa cearense que pode revolucionar o tratamento de queimados!
Fotos: Reprodução

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