A celulite é mais comum do que nos homens, por causa de fatores fisiológicos e hormonais. Por isso, se você é mulher e já encontrou um ou outro furinho na região das pernas e do bumbum, saiba que oito em cada dez mulheres possuem algum grau de celulite.
Bom, para entender melhor, a celulite é resultado do acúmulo de água, gordura e toxinas nas células, o que faz com que elas fiquem bastante cheias e endurecidas. Quer saber mais? Dá só uma olhada a seguir.
1.Classificações da celulite
A celulite pode ser classificada a partir da sua evolução ou pelo seu aspecto. Quanto a classificação por evolução, ela é dividida em Grau I, II, III e IV.
Grau I: não é visível e não é palpável, possui apenas alterações histopatológicas iniciais.
Grau II: não é visível e é palpável pelo pinçamento digital, em que pode-se observar por meio do aspecto da pele casca de laranja. A pele também pode ser identificada como pálida, fria e com elasticidade diminuída.
Grau III: tanto é visível, quanto palpável.
Grau IV: nódulos maiores, visíveis, mais palpáveis, aderidos a planos profundos e muito dolorosos.
Quanto a consistência da pele, pode ser categorizada como dura: aspecto casca de laranja só é visível se apertados com os dedos e é comum em pacientes jovens, que mantém o ritmo de atividades físicas regulares; flácida: mulheres que perderam bastante peso e são sedentárias; edematosa: mulheres jovens que fazem uso de anticoncepcionais, sendo o aspecto casca de laranja e o edema precoce; mista: significa a evolução de uma forma antiga para outra, sendo identificada celulite endurecida na face externa da coxa e forma flácida na face interna.
2.Causas
Segundo o médico Marcos Vieira, a celulite é uma afecção da pele que, apesar de ter o sufixo “ite” no final da palavra, que significa inflamação, é uma patologia não inflamatória que inclui o sistema circulatório, envolvendo o tecido adiposo e a derme, resultando em modificações na textura e aspecto da pele, ou seja, o famoso aspecto casca de laranja.
A Paniculopatia Edematofibroesclerótica (PEFE), nome da celulite pela medicina, possui diversas causas, dentre elas o excesso de peso, entretanto, as mulheres magras também podem ter, pois a celulite surge com o desequilíbrio da quantidade de gordura e massa muscular no corpo.
Outras causas são: alimentação (excesso de açúcar, sal e álcool), disfunções intestinais, distúrbios circulatórios, fatores genéticos, fatores hormonais (relacionado ao estrogênio, que está presente em todas as fases da celulite), gravidez, medicamentos (anticoncepcionais, betabloqueadores, corticosteroides, terapia de reposição de hormônio), obesidade, tabagismo e sedentarismo.
3.Fatores de risco
Certos fatores podem contribuir para o aparecimento da celulite, o que quer dizer que você pode evitá-los ou amenizá-los, para diminuir as chances de agravar o problema. Esses fatores são o sedentarismo, anticoncepcionais ou hormônios, tabagismo e roupas apertadas que dificultam a circulação.
4.Sintomas
Normalmente, a celulite não causa sintomas além dos que podem ser visíveis na pele, ou seja, o aspecto de casca de laranja, com covinhas. Quando os graus estão mais avançados, a pele pode parecer acidentada, com picos e vales. Para identificá-la desde o princípio, você pode verificar a má circulação, alguma retenção de líquido e cm a evolução visualizar a formação dos nódulos dolorosos.
5.Tratamento
Antes de optar por um dos tratamentos, é necessário ser examinada por um especialistas, para que ele possa recomendar o melhor tratamento. Os tratamentos são:
Drenagem linfática: recomendada para quadros iniciais. A drenagem é uma massagem que incita a eliminação de líquidos e toxinas do corpo.
Massagem modeladora: trabalha no sistema linfático e sobre as placas de gordura. Tem seus efeitos potencializados quando acompanhada do laser, ultrassom ou criolipólise.
Creme anticelulite: possibilita a melhor microcirculação e estimula a produção de colágeno.
Endermologia: um aparelho é usado para promover a drenagem linfática e é recomendado para os casos moderados e graves.
Radiofrequência: um dos mais eficazes, o aparelho usa uma radiação eletromagnética de alta frequência que faz com que as moléculas de água se agitem e aumentem a temperatura, reestruturando o tecido.
Mesoterapia: é a utilização de um coquetel de medicamentos para diminuir a gordura local, indicado por um dermatologista.
Cirurgia a laser: são feitas duas incisões no local por onde são inseridas cânulas com a fibra ótica do aparelho. Em seguida é aplicado o laser, desmanchando a gordura localizada.
Carboxiterapia: aplicação da injeção de dióxido de carbono para melhorar a circulação e oxigenar os tecidos.
Ultrassom: o ultrassom estético lipolítico modifica ligações intercelulares e aumenta a permeabilidade da membrana celular.
Criolipólise: o aparelho é colocado na superfície da pele, congelando as células de gordura, que se rompem.
Lipocavitação: a energia ultrassônica emitida pelo ultrassom gera bolhas dentro das células de gordura, que se agitam e se rompem.
6.Dica extra
Hábitos saudáveis são o diferencial para combater a celulites. Mantenha uma dieta equilibrada acompanhada de atividades físicas, como o uso de cama elástica, principalmente se você passa bastante tempo em pá. Reduza o sal, gordura, frituras, enlatados e processados em geral. Dê preferência a alimentos in natura, como frutas, carnes, verduras e legumes.
Por fim, tente não ficar muito tempo em pé ou sentada, caminhe, movimente-se e não esqueça de beber água para eliminar as toxinas, causadores da celulite. Dois litros de água por dia, hein?!
Fotos: Reprodução