Cid propõe legalização do parque em troca de viaduto

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O governador Cid Gomes (PSB) foi ontem ao acampamento montado no Parque do Cocó e fez a proposta aos manifestantes de que permitissem a construção de viadutos na avenida Antônio Sales com Engenheiro Santana Júnior, em troca da oficialização da área do Parque. Ele prometeu ainda que a “área de árvores exóticas”, segundo disse, prevista para ser desmatada para a realização da obra, será substituída por área 20 vezes maior de recuperação de mangue no rio Cocó.

Os manifestantes, de imediato, rechaçaram a oferta. “Para que não pareça que saíram sem vitória”, disse Cid, sob protestos. “Estou oferecendo a vocês uma vitória”, acrescentou. “O movimento pode conquistar a legalização do parque”, ressaltou, dizendo que sua proposta é “objetiva e derradeira”. Ele entrou pela madrugada em debate que já se prolongava por mais de quatro horas.

Cid disse que passava pelo local, e, ao ver a faixa que pedia a “legalização do Parque do Cocó já”, decidiu entrar e discutir com o grupo sobre aquilo que é atribuição do Governo do Estado. Após falarem, foi a vez de Cid, que ressaltou que sua presença estava sendo “supervalorizada”.

“Isso aqui (legalização do parque) é da minha responsabilidade. O viaduto não é”, afirmou, ponderando que o viaduto é intervenção da alçada da Prefeitura. Mesmo assim, tratou de detalhes do histórico da obra, fez rabiscos no chão para explicar o projeto e rebateu a sugestão de alternativa apresentada por um dos manifestantes.

O momento mais tenso foi quando respondeu ao vereador João Alfredo, que reclamara de ter sido atacado pelo governador, seu irmão Ciro Gomes e outros aliados. “O João Alfredo fala de ironia. Ele é engraçado”. Nesse momento, o vereador o interrompeu aos gritos. Cid prosseguiu: “Se defendesse as teses do João Alfredo, Fortaleza toda estava sem beber água”. Nesse momento, foi interrompido aos gritos de “mentira sua” e “mentiroso”. A seguir, indagou se era mentira que João Alfredo foi contra o Castanhão. O vereador disse ser mentira.

Cid rebateu ainda o argumento de que a obra seria ilegal. “De quem foi que vocês receberam a legitimidade? Quem foi que conferiu a vocês?”, questionou ele.

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Fonte: O Povo
Foto: Reprodução

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