Durante a gravidez, devido às mudanças hormonais, ganho de peso e alterações psicológicas, a gestante pode sentir alguns desconfortos que antes não eram comuns em seu dia a dia. A azia é deles e, embora existam maneiras naturais de aliviar o problema, quando o desconforto é excessivo muitas das futuras mamães acabam apelando para os medicamentos. No entanto, se já era sabido que é essencial avaliar bem a necessidade de partir para os remédios junto ao obstetra, um estudo recente mostrou que essa situação é bem mais preocupante.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, analisaram crianças nascidas de mães que consumiram medicamentos contra azia durante a gravidez e descobriram que elas têm maiores chances de desenvolver asma.
De acordo com os pesquisadores, algumas substâncias nesses produtos podem impactar de maneira muito precoce o sistema imune do bebê, que ainda está em formação do útero. O contato com essas substâncias poderia, então, ocasionar alergias futuras quando a criança nascesse, como a asma.
Justamente por isso, é preciso avaliar com atenção a necessidade de usar ou não medicamentos contra azia durante a gravidez, já que algumas substâncias podem causar alterações oculares e no sistema digestivo, além de lábio leporino, no bebê.
→ O que fazer para evitar azia na gravidez
Apesar da azia ser uma alteração típica da gravidez existem alguns cuidados que ajudam a combater este problema:
– Evitar alimentos como molho de tomate, mostarda, maionese, coco, granola, nozes, café, chocolate, refrigerante, cerveja, vinho e sucos industrializados;
– Evitar todos os sucos de frutas pois contém água e açúcar que tendem a piorar a azia;
– Consumir regularmente frutas como pera, maçã, manga, pêssego bem maduro, mamão, banana e uvas;
– Mastigar bem todos os alimentos, para facilitar a digestão;
– Não deitar-se logo após comer;
– Não usar roupas apertada na barriga e no estômago;
– Comer pequenas porções de cada vez;
– Colocar um calço de 10 cm na cabeceira da cama;
– Não fumar e evitar a exposição ao cigarro.
Se a azia persistir mesmo seguindo todas essas dicas, é importante voltar a consultar o seu médico.
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