Nós costumamos falar muito aqui no Hype sobre a importância de se discutir a questão da acessibilidade e buscar novas soluções que possam melhorar a vida de quem possui uma deficiência, seja ela física ou mental. Esta é uma luta constante de diversos núcleos da sociedade civil, além de ONGs especializadas no assunto. E foi exatamente para reconhecer esta luta que a Câmara Municipal de Fortaleza realizou na tarde desta quarta-feira (27), no auditório Ademar Arruda, uma audiência pública em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que foi comemorado no dia 21 de Setembro. A proposição para a realização da audiência partiu da vereadora Larissa Gaspar (PPL).
Segundo a parlamentar, o objetivo da reunião é avaliar a política das pessoas com deficiência -PADEF em Fortaleza, ver o que está caminhando e quais as maiores dificuldades, os obstáculos. Larissa destaca que a audiência segue no intuito de perceber o que pode ser feito para superar os entraves. A vereadora enalteceu as conquistas obtidas como a criação do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
“A criação do Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi fruto de indicação de nossa autoria e que o prefeito Roberto Cláudio (PDT) acabou de criar no dia 21. É um instrumento que vai fortalecer as políticas para as pessoas com deficiência e que vai possibilitar captar recursos da iniciativa privada. Sem orçamento ninguém realiza políticas públicas. Veio em boa hora”, disse Larissa Gaspar.
Emerson Damasceno, representante da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Fortaleza, evidenciou que a data tem que ser instituída, mas não celebrada. “A data deve ser lembrada, mas não no sentido de celebração. No segmento se fala que é sempre um dia de luta. Obviamente tem muita coisa a ser conquistada ainda. A luta é permanente. Muita política pública tem que ser efetivada para as pessoas com deficiência”, frisou.
Vereador Márcio Martins (PR) reivindicou a situação grave que se encontram os Centros de Assistência Psicossocial – CAPS. ” A situação dos CAPS são bem mais graves do que podem ver os nossos olhos. A secretária Joana veio esta semana na CMFor apresentar números sobre a saúde na cidade. Não vi nenhum retorno sobre a atenção psicossocial. Ir até um CAPS e não encontrar um psiquiatra é uma regra”, finalizou.
É bom saber que as pessoas com deficiência têm cada vez mais voz em nossa sociedade e que podem contar também com o apoio de integrantes do nosso legislativo!
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