Coco Bambu recebe comentário preconceituoso e dono rebate com poema

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Não é de hoje que os nordestinos lidam com o preconceito. Em vários momentos, pessoas de outras partes do país – mais entre o Sul e o Sudeste do Brasil – fazem postagens e comentários preconceituosos em relação a quem vem das regiões Norte e Nordeste. Além de ser crime previsto em Lei (art. nº7.716 de 5 de janeiro de 1989) ainda demosntra uma falta de educação absurda.

Porém, por mais que lutemos para acabar com todo e qualquer tipo de preconceito, a coisa continua. E, recentemente, um restaurante cearense da rede Coco Bambu foi alvo de comentário preconceituoso por parte de um usuário, que assinou com a infeliz declaração “Tinha que ser Nordestino”.

A rede Coco Bambu – que faz sucesso em Fortaleza – também tem franquias as outras cidades, e o caso aconteceu na unidade de Campinas, interior do Estado de São Paulo. Um usuário de uma rede avaliações não gostou do atendimento e fez um comentário reclamando do serviço. Até aqui tudo bem, afinal, ele pode ter sido mesmo mal atendido no dia e reclamar é um direito dele.

Acontece que ele colocou no título do seu comentário a frase “Só pode ser Nordestino”. E aí acaba perdendo a razão porque… Preconceito, certo? Se o restaurante fosse de São Paulo, não haveria chance alguma dele ser mal atendido?

A resposta

Thales Osterne, de Fortaleza, é um dos sócios da rede Coco Bambu. Ao ver que o comentário começava a ganhar repercussão resolveu responder ao cliente e pedir desculpas. Porém, ao ódio ele resolveu devolver amor. Mais precisamente, uma poesia. E do mestre Patativa do Assaré:

“Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.”

Thales ganhou o apoio de vários amigos e mesmo desconhecidos por sua atitude. E a gente deixa aqui nosso apoio também, foi um belo gesto. Chega de preconceito e discurso de ódio, não é gente?

Fotos: Reprodução

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