As ações de combate à seca promovidas pelo governo de Estado foram alvo de debate na manhã da última terça-feira (2), na Assembleia Legislativa do Ceará. O secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, esteve presente na Casa para avaliar a atuação das secretarias de Recursos Hídricos e de Desenvolvimento Agrário na questão.
Teixeira alertou que este ano é o quarto consecutivo de seca. Segundo ele, estiagem semelhante aconteceu apenas nos períodos de 79 a 83. “Há regiões do Estado em que há chuvas abaixo da média desde 2010. Ou seja, seis anos de seca”, pontuou. “Esta é a menor reserva de água acumulada no Estado desde 1980. Temos menos de 20% do total, pouco mais de três bilhões de metros cúbicos de capacidade de reserva hídrica. Dessas reservas, 60 a 70% estão concentradas no Castanhão e Orós”, disse o secretário.
Ainda segundo o secretário, a capacidade da reserva hídrica do Estado vem baixando a cada dia e a situação é preocupante. “Em junho de 2014 havia 22% da capacidade de reserva hídrica, e hoje são 19,6%. Temos de conviver com esse volume até o próximo período chuvoso, inclusive para abastecer Fortaleza. São 32 reservatórios no volume morto e 71 açudes abaixo de 10% da capacidade, quase volume morto”, informou.
O gestor ponderou que a escassez das reservas hídricas tem prejudicado a construção de adutoras, porém soluções alternativas vêm sendo buscadas. “A construção de adutoras está sendo limitada pela escassez das reservas, e sobra como alternativa básica a perfuração de poços”. “A água encontrada é, na maioria das vezes, salobra. Temos de implantar dessalinizadores. Já foram definidas 300 locações para cavar poços, onde há fratura na rocha, o que aumenta a possibilidade de acerto”, disse.
Outra ação paliativa que vem sendo tomada pela gestão é a limpeza dos espelhos de água nos canais, devido à alta proliferação de algas que vem acontecendo por causa do calor.
Torcemos para que as ações contra a seca aumentem cada vez mais, dando mais chances e oportunidades ao povo do Ceará!
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