O encontro, sediado na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (09), contou com a participação de estudiosos de universidades do Brasil e da universidade americana, além do chefe da Célula Epidemiológica da Prefeitura de Fortaleza e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Fortaleza (Unifor), Antonio Lima.
O coordenador da equipe técnica do CCPHA, Thiago de Holanda, apresentou o trabalho desenvolvido pelo Colegiado e a pesquisa realizada em sete municípios cearenses. Ele explicou que a maioria dos meninos assassinados não despertam mobilização da sociedade e do poder público. Dos 1.524 processos de homicídios contra adolescentes analisados pela equipe do Comitê durante a pesquisa, apenas 2,8% deles apresentaram alguma tramitação em primeira instância.
Segundo a coordenadora do curso colaborativo, professora Márcia Castro, docente associada ao Departamento de Saúde Global e População da Universidade de Harvard, o objetivo do encontro com o CCPHA, segundo ela, é que os participantes conheçam experiências locais sobre os temas específicos e desenvolvam projetos relacionados ao tema. Além da temática da violência, o curso aborda desenvolvimento na primeira infância; HIV e AIDS; dengue, zika e chikungunya; e tuberculose.
Durante o encontro, os pesquisadores também debateram a relação entre evasão escolar e homicídios, projetos sociais voltados para adolescentes em situação de vulnerabilidade e impunidade relacionada a essas mortes.
O encontro também contou com a participação de pesquisadores da Universidade de Harvard, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Universidade Federal de Sergipe (UFS).
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