Tem coisa pior do que levar um pé na bunda quando se está completamente apaixonada? Para quem está passando por isso, essa é a pior coisa sim! Descobrir que aquela pessoa não sente mais o mesmo que você e que todos os sonhos e planos que vocês fizeram juntos agora são seus, somente seus, e que não vão mais acontecer é realmente triste.
Junto com a tristeza vem a raiva, a revolta e a fossa. Essa é uma fase importante de ser vivida, apesar de bastante sofrida. Porém, é nesse momento que você coloca toda a sua mágoa para fora e sofre, para que depois venha a conformação e todos os sentimentos ruins que pesaram sobre você passem, a leveza reine e você volte a se sentir feliz, sozinha, e pronta para abrir seu coração para um novo amor.
Claro, falar é muito mais simples do que vivenciar tudo isso. Para algumas pessoas o sofrimento vem de forma mais tranquila, para outras quase chega a se tornar uma depressão. Para quem está passando por momentos como esses, o No Pátio traz três títulos de livros que podem te ajudar a se curar da fossa, ver que isso é passageiro e que logo as coisas vão melhorar. Confira!
Melancia, Marian Keyes
‘Melancia’ é um romance sobre a arte de manter o bom humor mesmo nos momentos mais adversos. Com 29 anos, uma filha recém-nascida e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia, e os efeitos colaterais de gravidez, como, digamos, um canal de nascimento dez vezes maior que seu tamanho normal! Nada tendo em vista que a anime, Claire volta a morar com sua excêntrica família: duas irmãs, uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; a mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha; e o pai, à beira de um ataque de nervos. Após passar alguns dias em depressão, bebendo e chorando, Claire decide avaliar os prós e os contras de um casamento de três anos. É justamente nessa hora que James, seu ex-marido, reaparece. Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa.
Comer, Rezar e Amar, Elizabeth Gilbert
Em torno dos 30 anos, Elizabeth Gilbert enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa teoricamente poderia querer – um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado. Até que decidiu tomar uma decisão radical: livrou-se de todos os bens materiais, demitiu-se do emprego, e partiu para uma viagem de um ano pelo mundo – sozinha.
‘Comer, Rezar, Amar’ é a envolvente crônica desse ano. O objetivo de Gilbert era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles. ‘Assim, quis explorar a arte do prazer na Itália, a arte da devoção na Índia, e, na Indonésia, a arte de equilibrar as duas coisas’, explica.
Em Roma, estudou gastronomia, aprendeu a falar italiano e engordou os onze quilos mais felizes de sua vida. Na Índia dedicou-se à exploração espiritual e, com a ajuda de uma guru indiana e de um caubói texano surpreendentemente sábio, viajou durante quatro meses. Já em Bali, exercitou o equilíbrio entre o prazer mundano e a transcendência divina. Tornou-se discípula de um velho xamã, e também se apaixonou da melhor maneira possível: inesperadamente.
Escrito com ironia, humor e inteligência, o best seller de Elizabeth Gilbert é um relato sobre a importância de assumir a responsabilidade pelo próprio contentamento e parar de viver conforme os ideais da sociedade. É um livro para qualquer um que já tenha se sentido perdido, ou pensado que deveria existir um caminho diferente, e melhor.
O Diário de Bridget Jones, Helen Fielding
Escrito na forma de diário, o romance relata um ano na vida de Bridget Jones, uma solteira de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o cigarro. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e com extrema sensibilidade pela jornalista britânica Helen Fielding. Bridget trabalha em uma editora, mora sozinha, é apaixonada por seu chefe e cultiva o hábito de conversar com amigas que, em torno de uma mesa de bar, sempre têm soluções teóricas para todos os problemas. É impossível ler este diário e não se identificar com a protagonista. O mundo está mesmo repleto de Bridgets.
Inteligente, sarcástico, hilário, atual. Estas são as características que fizeram de O diário de Bridget Jones um grande sucesso de vendas.
Sim, levar um pé na bunda é triste e sofrido até nos livros e filmes, mas pode ter certeza de que lendo esses livros vai ficar bem mais fácil se curar da fossa em que o seu ex te deixou e voltar a ser feliz.
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