Adotar uma criança no Brasil é quase sempre sinônimo de burocracia. Além de ser super demorado, esse processo geralmente é tido como angustiante para os futuros pais adotivos. Por essa razão, é importante que eles procurem acompanhamento psicológico para conseguir lidar com o longo período de espera, em que terão que enfrentar todo o processo de adoção e ficar livres das dúvidas que poderão surgir.
Para Mariano Gaioski, coordenador social, “O processo de adoção é um período de planejamento, organização e efetivação de um desejo muito forte para a questão familiar. Deseja-se constituir família com a criança a ser adotada e não simplesmente ocupar um vazio existencial ou afetivo do adotante. Mas, qual é o perfil da criança a ser adotada? Quais são as dificuldades a serem enfrentadas? Quais são os novos desafios? Essas e muitas outras perguntas podem causar ansiedade e até estresse. Por isso é necessário o acompanhamento psicológico para os pais, a fim de minimizar a ansiedade decorrente deste processo”, explica.
Muito além de tudo isso, os futuros pais adotivos precisam ter claro que adotar uma criança é uma coisa muito séria e um passo que não se pode voltar atrás. “É importante ter um acompanhamento, que pode ser psicológico ou de um grupo de apoio à adoção, porque os adotantes precisam se questionar o porquê querem adotar e saber qual é a função dessa criança na família. Eles precisam entender se querem um filho ou uma criança para tampar um buraco, para não se sentirem sozinhas”, alerta a psicóloga Soraya Pereira.
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