Mudar a cor da parede é quase obrigatório quando a ideia é renovar um ambiente. Entretanto, para pessoas alérgicas ou que possuem filhos pequenos, uma pintura nova na casa pode significar, literalmente, dor de cabeça. A sensação de sufocamento depois de uma nova demão de tinta nas paredes resulta da presença dos COVs (Compostos Orgânicos Voláteis), presentes nas tintas convencionais. Além de fontes de poluição atmosférica, os COVs dessas tintas afetam a qualidade do ar dos ambientes internos onde são aplicadas.
Uma boa alternativa para pintar suas paredes, preservar sua saúde e não agredir o meio ambiente são as tintas ecológicas. Feitas a base de água e produzidas a partir de pigmentos naturais retirados da diversidade de solos brasileiros, essas tintas podem ser industrializadas ou naturais.
É importante ressaltar, no entanto, que não é qualquer tinta à base d’água que pode ser considerada ecológica, por isso é importante não confundir. Para ter esse apelo realmente elas precisam ser livres de componentes nocivos. São normalmente as linhas de marcas conhecidas que possuem a indicação de serem ecológicas já no nome ou na embalagem, e que são encontradas com facilidade nas lojas de tinta.
Quais os tipos de tintas ecológicas existentes?
As alternativas mais naturais são a tinta de terra e a tinta de cal, que podem ser adquiridas prontas ou feitas em casa, e que, além de não possuírem materiais perigosos em sua composição, ainda contribuem para reduzir o impacto ambiental pelo processo artesanal de fabricação.
As tintas de terra têm como principal vantagem o fato de deixarem a parede “respirar”, já que não formam uma camada impermeável como as tintas comuns. Já as tintas de cal, feitas com cal e pigmentos naturais, são ideias para aplicação em superfícies porosas, internas ou externas, que não tenham sido pintadas anteriormente. Ambas podem ser descartadas juntamente com o lixo orgânico, diferentemente das tintas convencionais.
Lembrando que as tintas ecológicas possuem prazo de validade menor do que as industrializadas, pois não têm produtos químicos para conservação, e também demoram mais para secar. Mas se é para preservar o meio ambiente e a saúde quem liga para isso, não mesmo?
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