De acordo com uma pesquisa realizada pela a Federação do Comércio do Ceará (Fecomércio-CE), a taxa de endividamento dos fortalezenses neste mês de outubro cresceu, e bastante. Os números divulgados mostram que 72% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. O resultado mostra um crescimento de 1,9 pontos percentuais com relação ao mês de setembro, quando o índice alcançou 70,1%.
No mesmo período do ano passado, a porcentagem também era de 70,1%. Mesmo o nível de endividamento tendo atingido recorde, muita gente foi às compras no último final de semana para garantir os presentes do Dia das Crianças.
A proporção dos consumidores com contas ou dívidas em atraso teve queda de 0,8 ponto percentual, indo de 21,5%, em setembro, para 20,7% neste mês. O resultado é próximo do verificado no mesmo mês do ano passado, de 19,3%, mas a tendência de crescimento se mantém, acompanhando a trajetória de evolução da taxa geral de endividamento.
A pesquisa do Fecomércio-CE também revelou que os problemas financeiros afetam mais as mulheres (21,8% afirmam possuir contas em atraso), os consumidores do grupo com idade acima de 35 anos (20,8%) e os do estrato com renda familiar inferior a cinco salários mínimos (21,3%).
O tempo médio de atraso nos pagamentos é de 61 dias e a principal justificativa para a não quitação das dívidas seria a falta de controle nas finanças. A diferença entre a renda e os gastos correntes, citado por 68,8% dos consumidores, é o que mais pesa. O segundo motivo mais citado é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 24,6%, seguido da contestação da dívida (10,9%).
A Fecomércio-CE revelou que o consumidor vem apresentando dificuldades no gerenciamento das dívidas, desde o final do ano passado e, segundo os economistas, a melhor forma de evitar esta situação ainda é fazer um esforço para realizar os pagamentos à vista.
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