É possível “morrer de amor”? Sim! Conheça a Síndrome de Takotsubo

Bizarro
coração partido

Como já cantou Djavan, “O que é o sofrer para mim, que estou jurado a morrer de amor”. Pois bem, tanto em canções quanto em filmes e séries, a ideia de sentir uma dor tão profunda após uma desilusão amorosa e acabar morrendo é bem comum. Afinal, vários são os personagens que “morrem de amor”. Mas, será que na vida real isso seria possível? Pior que sim, e isso tem até um nome: Síndrome do Coração Partido.

Na verdade, trata-se da Síndrome Taksubo, que também é conhecida como Síndrome do Coração Partido. Essa condição foi descrita pelo cardiologista japonês Hikaru Sato em 1990, que registrou que ela ocorre por conta de uma disfunção curta e intensa no ventrículo esquerdo do coração. O nome “takotsubo” vem da imagem do coração afetado pela síndrome, que apresenta um inchaço que faz o órgão parecer um jarro japonês utilizado para pegar polvos e lagostas — chamado takotsubo. No entanto, a síndrome do coração partida foi descoberta bem antes, ainda na década de 1960.

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Quais os sintomas do coração partido?

Pois bem, quando alguém passa por um estresse emocional muito grande, o corpo libera hormônios do estresse, como a adrenalina, em abundância. Esses hormônios podem afetar o coração de algumas pessoas, fazendo com que ele se contraia anormalmente. Tais batimentos irregulares podem levar ao inchaço no ventrículo esquerdo, causando a tal Síndrome do Coração Partido. Os sintomas, inclusive, parecem muito com o de um ataque cardíaco comum. Dor no peito, falta de ar, suor excessivo e palpitações são alguns deles, mas a síndrome também pode vir acompanhada de náuseas e tonturas.

Somente por meio de exames é que os médicos conseguem definir se a pessoa está tendo um ataque cardíaco tradicional, ou uma crise de Takotsubo. Não se sabe ao certo o porquê algumas pessoas sofrem com essa condição, mas ela é mais comum em mulheres, principalmente depois dos 50 anos. Por isso, muitos a chamam de “doença do coração partido das mulheres”.

Geralmente, essa síndrome não oferece nenhum tipo de perigo à vida do paciente, sendo mais uma questão emocional do que física. Tanto é que, geralmente, ela passa sozinha em questão de dias ou semanas, sem o auxílio de remédios. Por outro lado, alguns pacientes desenvolvem formas mais intensas de Takotsubo, precisando de medicação para controlar as dores e, às vezes, até mesmo ficam internados para observação.

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Que condição médica curiosa… Conhece alguém que já sofreu assim ao ter o coração partido?

Fotos: Reprodução

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