Dezembro é mês de “respirar” Papai Noel. E com o Natal se aproximando as crianças sonham e fantasiam com o trenó que voa e com as renas que devem trazer o “bom velhinho” e seus presentes.
Algumas crianças mais espertinhas percebem desde cedo que o adorável Noel não passa de uma história fantasiosa, passada de geração para geração. Outras, no entanto, acreditam fielmente na brincadeira. Aí, entra a dúvida de muitos pais: até que ponto é saudável para a criança acreditar em Papai Noel?
O psiquiatra José Raimundo Lippi, especialista em crianças e adolescentes, diz que a crença no Papai Noel contribui para o estímulo da criatividade e atende às fantasias de onipotência, próprias da primeira infância. “Assim como creem que os super-heróis podem voar, elas acreditam na existência de um ser poderoso, que pode atender aos seus pedidos”, explica.
O psicólogo Miguel Gomes, do CPPL, complementa e ressalta a importância dos pais apresentarem tanto o Natal como o Papai Noel para os filhos, viajando com os pequenos nessa fantasia. Para isso, vale levar as crianças para conferir a chegada do Papai Noel nos shoppings ou ficar no quarto imaginando como ele fará para entrar pela janela – já que por aqui não temos chaminé.
“Papai Noel existe em um contexto muito interessante. De muita festa, comida, presentes, família reunida e férias. E ele ainda chega em um trenó vindo sabe-se lá de onde. Ou seja, um prato cheio para a imaginação. Trata-se de um tempo na infância onde se comunicar imaginariamente com alguém que lhe escuta e realiza seus desejos parece ser mágico, e quando os pais embarcam na fantasia, essa magia se presentifica com a realização do desejo aos pés da cama”, explica o psicólogo.
Portanto, pode estimular de uma forma sadia a imaginação do seu filho e evite afirmar que Papai Noel é bobagem ou mais um artifício comercial para que as pessoas comprem mais.
Fotos: Reprodução.