Crimes comuns e incidentes de trânsito são ameaça para Copa em Fortaleza, diz Abin

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Crimes comuns e incidentes de trânsito são ameaça para Copa em Fortaleza diz Abin

Um relatório produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostra que eventos relacionados à criminalidade comum e incidentes de trânsito são as situações com maior probabilidade de ocorrer em Fortaleza (CE), durante os jogos da Copa das Confederações.

A avaliação feita pela Abin identifica fontes de ameaças que podem prejudicar a execução do torneio e atentar contra a segurança do público, de delegações e autoridades. O documento foi entregue às autoridades de cada cidade-sede e é na maior parte sigiloso.

Além dos dois itens já citados, são analisadas também ameaças relativas a grupos extremistas e terroristas, incidentes com torcedores, grupos de pressão e falha técnica, sendo que os dois primeiros foram os que apresentaram menor risco de ocorrer.

Cada uma dessas fontes de ameaça, segundo classificação proposta pela Abin, foram avaliadas em sete locais relacionados aos jogos, como estádios Castelão e Presidente Vargas (treinamento); instalações da Universidade de Fortaleza, que também servirão aos treinamentos; Aeroporto Pinto Martins; e hotéis que receberão as delegações.

Grau das ameaças

A metodologia adotada pela Abin faz a gradação dos riscos em cinco níveis, variando de muito alto a muito baixo. Em Fortaleza foram identificados os seguintes níveis:

  • Nível médio: 45% das ameaças;
  • Nível baixo: 32% das ameaças;
  • Nível alto: 11% das ameaças;
  • Nível muito baixo: 12% das ameaças.

 

Segundo o relatório não foram detectadas ameaças de nível muito alto. Caso as recomendações da agência de inteligência sejam adotadas pelas autoridades, a projeção é que as ameaças com maior chance de ocorrer desapareçam, dando lugar a taxas de 30% para o nível muito baixo; 46% para baixo; e 25% para o nível médio.

“Pela característica das cidades brasileiras, a tendência é realmente que, se houver alguma coisa, ela esteja relacionada à criminalidade diária, rotineira. Nós não temos, por exemplo, a perspectiva do terrorismo ou de um grande desastre natural”, ponderou o secretário de Segurança Pública de Ceará, Francisco Bezerra.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Ceará tem a taxa de homicídio de 30,7 mortes por 100 mil habitantes, com dados de 2011, ocupando o 7º lugar no ranking entre os 15 estados que alimentam adequadamente o sistema nacional de estatísticas de segurança.

Além do efetivo policial do Ceará, o Exército e também 200 homens da Força Nacional farão a segurança durante os dias do campeonato em Fortaleza.

 

Com informações da Agência Brasil
Foto: reprodução

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