A Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgou nesta terça-feira (24), que o mundo tem hoje 27 milhões de trabalhadores desempregados a mais do que em 2007, quando começou a crise econômica global. A entidade afirma através de um relatório que o mundo enfrenta hoje um “desafio urgente” de criação de empregos. Eles estimam que seja necessário gerar 600 milhões de empregos ao longo da próxima década, para manter níveis de crescimento sustentável e coesão social.
“Depois de três anos de crise contínua em mercados mundiais de trabalho e diante das perspectivas de deterioração da atividade econômica, há um estoque de desemprego mundial de 200 milhões”, afirma o documento Tendência Globais de Emprego 2012. A estimativa da OIT, para o decorrer da próxima década, é que 40 milhões de pessoas, entrem no mercado de trabalho a cada ano. Dessa forma, seria necessário gerar 400 milhões de empregos novos para absorver essa massa de trabalhadores, e mais 200 milhões para lidar com o atual quadro de desempregados.
Para a entidade não é só o fato de gerar vagas de emprego que se faz urgente, mas criar vagas mais dignas para pessoas que já são consideradas hoje empregadas. O relatório indica também que 900 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, com renda familiar até US$ 2 por dia, a maioria delas nos países em desenvolvimento. “Apesar de grandes esforços dos governos, a crise de empregos continua inalterada, com um em cada três trabalhadores no mundo – ou cerca de 1,1 bilhão de pessoas – ou desempregada ou vivendo na pobreza”, diz o diretor-geral da OIT, o chileno Juan Somavia.
O relatório da OIT diz que os mais afetadas com o desemprego, são os jovens. Pessoas entre 15 e 24 anos, têm mais chances de estarem desempregados. Desafio para o Brasil que tem uma grande população nessa faixa etária e vive um processo de desenvolvimento econômico e social grande.
Foto: Reprodução