Crise? Falar dela “afeta a cabeça das pessoas”, diz presidente do Sebrae

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Atualmente, não há um único dia em que a palavra “crise” não esteja estampada nos jornais e portais de notícia. Desemprego, juros estratosféricos, previsões nada otimistas em relação ao PIB, desvalorização do Real e tretas políticas dão forma a um dos períodos mais complicados da história econômica recente do Brasil.

No entanto, mesmo com esse pesadelo, incentivar o empreendedor brasileiro visando tirar o País da crise é o que motiva alguns órgãos públicos e privados. Um dos deles é o Sebrae, que recentemente anunciou o mutirão para renegociar dívidas bancárias, locatícias e com fornecedores das micro empresas do Brasil. De acordo com o órgão, são mais de 600 mil pequenos negócios com débitos tributários no montante de R$21 bilhões.

A medida, que ainda não tem previsão de data, mas deve começar em novembro, pode ajudar aos micro empresários a se manterem no Simples Nacional, regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às micro e pequenas empresas.

Desde que se fala em crise, Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae Nacional, mostra-se confiante na força do empreendedor brasileiro. “Essa é a força do empreendedorismo. Quanto maior for a dificuldade, mais a Nação encontrará forças para buscar os seus caminhos”, disse Afif durante a abertura do Day1 – evento em que empreendedores contam “seus pontos de virada”.

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O presidente do Sebrae também vem destacando em seus discursos a necessidade do País ser menos hostil ao ambiente empreendedor, dar mais liberdade e melhorar as regras para que os empreendedores possam se desenvolver.

Em recente entrevista à Rádio O POVO CBN, Afif Domingos reafirmou que o débito tributário será o primeiro a ser negociado, já que os devedores não têm acesso a financiamento de bancos públicos. “A economia vai começar, já em 2017, a dar alguns sinais de melhora. Nenhum crescimento eufórico, mas jamais uma nova depressão”, avaliou. “Vamos entrar no jogo e começar a trabalhar. O Brasil precisa parar de falar muito de crise. Isso acaba afetando a cabeça das pessoas”.
Com crise econômica ou sem ela, sabemos que o empreendedorismo é um dos pontos fortes que movimentam a economia brasileira. E o que para alguns é o fim do mundo, para outros é a oportunidade de crescer. Afinal, o brasileiro é criativo e como afirmou o presidente do Sebrae: “A nossa profissão é esperança. Se não tem esperança, a economia não roda”.
Fotos: Reprodução. 

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