Cuidar bem da alimentação dos nossos pequenos é uma coisa muito importante para a saúde e crescimento deles. Até os seis meses de vida do bebê, o leite materno tem tudo o que eles precisam e até perto dessa idade isso é tudo o que eles podem consumir.
A partir do sexto mês esse leite já não é mais o suficiente para que todas as necessidades nutricionais do bebê sejam atendidas e já se torna necessária a introdução de novos alimentos, gradativamente, na dieta da criança.
Porém, uma dúvida muito grande dos pais é quais alimentos podem ser dados ao bebê e quais alimentos devem continuar sendo evitados.
Alimentos que apresentam maior risco de contaminação por toxinas e microrganismos ou que podem provocar mais alergias e até aqueles com baixo valor nutricional e que apresentam aditivos químicos devem ser evitados nos primeiros meses de alimentação complementar.
Confira abaixo alguns alimentos que é melhor que sejam evitados, ou pelo menos que se tenha uma atenção bastante especial, até a criança completar um ano de vida.
Açúcar refinado – Tanto esse tipo de açúcar quanto o mascavo são alimentos altamente calóricos, pobres em nutrientes e que podem causar uma série de doenças se consumidos em excesso. Esse exagero de açúcar pode causar ainda irritação, ansiedade, excitação e dificuldade de concentração.
Leite comum – Além de conter quantidades excessivas de proteína, ele também contém proteínas de difícil digestão que tendem a agredir a mucosa intestinal do bebê, podendo provocar alergia ao leite de vaca, perda sanguínea visível ou mesmo imperceptível nas fezes, causando anemia. A quantidade de sódio desse leite também é superior à recomendada, e isso pode sobrecarregar os rins do bebê.
Mel – É recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que crianças de até um ano de idade não consumam mel. O mel pode estar contaminado com esporos da bactéria Clostridium botulinum, que transmite botulismo intestinal. Um estudo comprovou que 7% das amostras colhidas em seis estados do Brasil apresentavam colônias de Clostridium botulinum que produzem toxinas ativas. No primeiro ano de vida, a flora intestinal ainda está em desenvolvimento e não consegue barrar a ação dessa bactéria.
Frutos do mar – Esse tipo de alimento, incluindo ostras e mariscos, deve ser evitado por crianças até os seus dois anos de idade. Eles podem disparar reações alérgicas e oferecem maior risco de contaminação por poluentes ambientais, microrganismos e suas toxinas, como o vírus da hepatite A.
Oleaginosas – Nozes, castanha, amêndoa, avelã, amendoim e pistache fazem parte deste grupo e são alimentos com maior risco de provocar alergias. Se algum dos pais tiver alergia a alguma dessas oleaginosas, a probabilidade de o bebê ter também é bem maior. Ao oferecer esse tipo de alimento para crianças, maiores de um ano, tome cuidado. Ofereça porções bem pequenas, cerca de uma colher de café, e preste bastante atenção na criança durante as 48 horas seguintes para ver se ela irá apresentar alguma reação alérgica.
Industrializados – Esse tipo de alimento possui muitos aditivos químicos, como corantes, conservantes, aromatizantes e estabilizantes. Esses aditivos podem causar alergia e problemas para a saúde do bebê. Além disso, a quantidade de gordura, açúcar e sal também é bastante elevada.
Refrigerantes – Além de serem ricos em açúcar, corantes, conservantes, sódio e outros químicos, os refrigerantes do tipo cola contém cafeína, um excitante que pode afetar a concentração e aumentar a inquietude. Um estudo avaliou o comportamento das ondas cerebrais de crianças logo após terem ingerido doces e refrigerantes e observou que, na grande maioria dos casos, ocorria mudança justamente na capacidade de concentração delas.
Café – A cafeína presente no café, e em outros alimentos como chocolate, mate, chá verde, chá preto e refrigerante tipo cola, pode prejudicar o sono e causar nervosismo em crianças. Ela é um excitante do sistema nervoso central, e quando em excesso desencadeia reações de estresse, com liberação de adrenalina e outros hormônios da supra-renais.
O café apresenta ainda concentrações de taninos, substâncias que podem inibir a absorção dos outros nutrientes ingeridos na alimentação, principalmente de ferro, mineral com demanda 40 vezes maior em bebês de seis meses a um ano de idade comparada aos primeiros seis meses de vida.
Evite também qualquer tipo de alimento que possa causar engasgos. Quando for oferecer alimentos novos, dê para a criança pedaços pequenos e sempre em pequenas quantidades. Até uma uva que você for dar para uma criança comer precisa estar cortada em quatro pedados e sem casca.
Procure evitar alimentos moles e grudentos que podem ficar presos na garganta e são difíceis de serem retirados como doce de leite, chicletes, balas moles e brigadeiro.
Não permita que a criança corra, pule ou brinque enquanto estiver se alimentando ou com qualquer coisa na boca. Deixar a criança comer no carro também é um grande erro. O ideal é que o bebê coma num ambiente tranquilo e sempre sob a supervisão de um adulto.
Caso queira saber melhor sobre quando é melhor oferecer cada tipo de alimento para a criança, converse com o médico pediatra ou procure um nutricionista infantil. Eles vão poder indicar qual o melhor tipo de alimento para cada fase e idade da criança.
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