Após a morte de quase 600 pessoas na repressão às manifestações dos últimos dias no Cairo a Irmandade Muçulmana convocou e está realizando hoje (16) uma “sexta-feira da ira”. Segundo informações das agências de notícias algumas pessoas já teriam morrido no protesto de hoje.
A comunidade internacional teme um outro dia de violência no país, onde na quarta-feira (7) a violenta desocupação de dois acampamentos de simpatizantes do presidente islamita Mohamed Mursi, derrubado pelo exército em 3 de julho, e os posteriores confrontos deixaram 578 mortos, segundo o ministério da Saúde.
A Irmandade Muçulmana cita 2.200 mortos e mais de 10.000 feridos, no dia mais violento no Egito desde a queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.
Arma de fogo
As autoridades egípcias, designadas pelo exército, autorizaram a polícia a abrir fogo contra os manifestantes que atacarem bens públicos ou as forças de segurança.
“As manifestações contra o golpe de Estado sairão de todas as mesquitas do Cairo e seguirão para a praça Ramsés após a oração por uma ‘sexta-feira da ira'”, afirmou o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad El Haddad.
Laila Musa, porta-voz da coalizão pró-Mursi contra o “golpe de Estado”, anunciou manifestações em todo o país. Musa informou que simpatizantes de Mursi, incluindo dois ex-parlamentares, foram detidos antes dos protestos.
Embaixadas como a dos Estados Unidos pediram para os cidadãos retornarem ao país. A embaixada do Brasil aconselhou que os brasileiros evitem áreas de conflito.
Com informações da AFP
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