
Quintou aqui no Mês do Terror, e hoje vamos trazer uma história não muito conhecida — mas nem por isso menos aterrorizante. Dizem que o verdadeiro terror não vive em mansões abandonadas nem em bonecas possuídas, e sim em objetos que brilham demais para serem inocentes. O Diamante Hope é o exemplo perfeito: uma pedra azul de 45 quilates, tão bela quanto perigosa, que atravessou séculos deixando um rastro de ruína e morte.
A história começa no século XVII, quando o mercador francês Jean-Baptiste Tavernier comprou um diamante azul profundo na Índia. Segundo a lenda, ele o retirou do olho de uma estátua sagrada da deusa Sita. O gesto teria enfurecido os deuses, que amaldiçoaram quem quer que possuísse a joia. Tavernier ficou milionário — mas pouco tempo depois faleceu misteriosamente, supostamente devorado por lobos. Coincidência? Talvez. Mas mal sabiam as pessoas que as tragédias estavam só começando.

Em seguida, o diamante passou para as mãos do rei Luís XIV, da França, que mandou lapidá-lo e o usou como amuleto de poder. A corte chamava a joia de “Diamante Azul da Coroa”. Décadas depois, a Revolução Francesa derrubou a monarquia e tanto o rei quanto Maria Antonieta perderam a cabeça — literalmente. A pedra, então, desapareceu em meio ao caos.
A maldição do Diamante Hope atravessa séculos
Anos depois, o diamante ressurgiu em Londres, já rebatizado como Hope Diamond (Diamante Hope), por conta de seu novo dono, Henry Philip Hope. No entanto, a fortuna da família desmoronou após a aquisição. Alguns herdeiros se suicidaram, outros perderam tudo em falências súbitas. E a cada geração, o brilho da pedra parecia cobrar um preço mais alto.
No século XX, o joalheiro Pierre Cartier convenceu a milionária Evalyn Walsh McLean a comprar o diamante, destacando — ironicamente — a maldição como parte do charme. Pois bem, pouco depois, o marido dela enlouqueceu, um filho morreu atropelado e a filha cometeu suicídio. A lenda estava vivíssima, e impiedosa como sempre.

Seja por superstição ou pelo valor histórico, o fato é que após a morte de Evalyn, o diamante foi doado ao Museu Smithsonian. Lá, a peça permanece até hoje em uma redoma especial. Visitantes relatam uma sensação estranha ao se aproximar — alguns falam em calafrios, outros juram ver reflexos se movendo sozinhos na pedra. Coincidência, imaginação ou energia ancestral?
Seja qual for a resposta, ninguém ousa tocar no Hope com as próprias mãos. Por outro lado, o museu Smithsonian disponibiliza um tour virtual pela parte de gemas e joias, incluindo o diamante, mas… vá por sua conta e risco. E se um brilho azul começar a te encarar da tela, talvez seja melhor fechar o navegador.
Fotos e vídeos: Reprodução