Dilma Rousseff abre Assembleia da ONU criticando espionagem

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Dilma Rousseff abre Assembleia da ONU criticando espionagemA presidenta Dilma Rousseff abriu nesta terça-feira (24) a 68ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, criticando a espionagem promovida pelos Estados Unidos e também empresas privadas. “O Brasil repudia, combate e não dá abrigo a ações terroristas. Sabemos nos defender”, diz Dilma. Ela também lembrou o atentado terrorista da semana passada no Quênia e matou mais de 50 pessoas.

“Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial”, disse Dilma no discurso, tradicionalmente proferido pelo presidente do Brasil, primeiro país a aderir à ONU em 1945.

Dilma cita a invasão dos Estados Unidos a um país que vive em paz com todos os outros como “um caso grave de violações dos direitos humanos e das liberdades civis”, disse.

Para a presidente, “imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas”.

A presidenta cobrou da ONU uma atitude frente a situação de espionagem sofrida pelo Brasil e por outras nações. “A ONU deve desempenhar liderança no esforço de regular o comportamento dos estados frente a essas tecnologias. Por essa razão, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para governança e o uso da internet”, declarou.

“Tecnologias de informação e comunicação não podem ser novo campo de batalha entre os Estados” diz Dilma ao defender marco civil da Internet.

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